Ação preferencial da Petrobras cai abaixo de R$ 5
Ações chegaram a ser negociadas a R$ 4,93. É a primeira vez desde julho de 2003 que as ações preferenciais da Petrobras são negociadas abaixo de R$ 5
As ações preferenciais da Petrobras eram negociadas abaixo de R$ 5 nesta segunda-feira (18) pela primeira vez desde julho de 2003, com queda de mais de 4% na esteira do declínio do petróleo e preocupações com o nível de dívida e o andamento do plano de desinvetimentos da companhia.
No exterior, os preços do petróleo renovaram mínimas desde 2003, com o mercado preparando-se para receber exportações adicionais do Irã depois que as sanções internacionais ao país foram retiradas no fim de semana.
No que diz respeito à companhia, uma das principais preocupações de investidores é a eventual necessidade de ajuda do Tesouro Nacional ou nova capitalização via emissões de ações, dado o elevado nível de endividamento da petroleira e dificuldades para implementar seu plano de desinvestimentos. Na última sexta-feira, executivos da estatal afirmaram que uma ajuda do governo não está no radar e que seria a última opção.
A equipe de analistas do UBS destacou em relatório na semana passada que o plano de desinvestimento ainda pode ajudar a criar valor para a companhia, mas ponderou que os desafios crescem e que eles ainda vêem riscos elevados de uma oferta de ações, "embora provavelmente não este ano".
Às 13h29min, a ação preferencial da Petrobras perdia 4,06%, a R$ 4,96. Na mínima até esse horário, o papel chegou a ser negociado a R$ 4,93. A ação ordinária da petroleira recuava 3,58%, a R$ 6,47, tocando mínimas desde agosto de 2003. O Ibovespa cedia quase 1%.