Pela 1ª vez, senador socialista supera vice de Obama em pesquisa

Bernie Sanders desbanca favoritismo de Joe Biden e toma dianteira na corrida do Partido Democrata para definir adversário de Donald Trump em novembro

Escrito por Redação ,
Legenda: Bernie Sanders (à esq.), da ala socialista, ganha força diante de Joe Biden
Foto: Fotos: AFP

Impulsionado pelo bom resultado em Iowa, o senador independente Bernie Sanders superou, pela primeira vez, o ex-vice-presidente Joe Biden em uma pesquisa nacional sobre as primárias democratas para a eleição presidencial dos EUA, publicada ontem, que também registra uma alta espetacular do milionário Michael Bloomberg. 

Os resultados marcam um “ponto de inflexão dramático na corrida” pela indicação democrata para desafiar o presidente republicano Donald Trump em 3 de novembro, segundo a Universidade de Quinnipiac, que fez a pesquisa. 

É a primeira vez que o socialista Sanders (25%) aparece na frente do moderado Biden (17%). Atrás deles está o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que subiu para o terceiro lugar (15%), um aumento notável em comparação com os 8% registrados em pesquisa no fim de janeiro. 

Essa progressão é ainda mais notável porque esse ex-republicano e ex-independente não está fazendo campanha nos primeiros estados que votam nas primárias de fevereiro. Bloomberg compensa essa ausência com uma publicidade forte de financiamento próprio nos estados que votarão nas primárias da “Super Terça”em 3 de março, quando o magnata e ex-prefeito entra na competição.

Em quarto lugar está a senadora progressista Elizabeth Warren (14%) e logo depois o jovem ex-prefeito Pete Buttigieg (10%), que aumentou sua popularidade desde o sucesso nas caóticas primárias de Iowa de 3 de fevereiro. 

Realizada entre 5 e 9 de fevereiro, logo após essa votação caótica, a pesquisa da Quinnipiac mostra apenas 4% de votos para a senadora moderada Amy Klobuchar. 

“O quarto lugar de Biden em Iowa derrubou claramente o que foi sua maior fortaleza: a percepção de que ele era o melhor para derrotar Donald Trump”, disse Tim Malloy, da Universidade de Quinnipiac.