Chávez tirou câncer por completo, diz ministro

Escrito por Redação ,
Legenda: Após caminhada por recomendação médica, Chávez conversa com as filhas Maria Gabriela e Rosa Virginia em Havana
Foto: FOTO: REUTERS
Segundo chanceler, os órgãos do presidente venezuelano estão perfeitos depois da segunda operação

Caracas O ministro de Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, disse ontem que o presidente Hugo Chávez retirou por "completo" e "a tempo" o tumor que tinha na região pélvica.

O ministro disse que células cancerígenas se encontravam na região pélvica e não no cólon ou no intestino. "Foi iniciado um processo quase milagroso, ascendente, de recuperação física, de sua força, de sua saúde", disse Maduro em uma entrevista ao canal Televen.

O chanceler venezuelano destacou que os órgãos do presidente estão perfeitos depois da segunda operação a que foi submetido em Havana para extração do tumor.

A primeira cirurgia, no dia 10 de junho, foi para retirada de um abscesso pélvico. Maduro afirmou que foi "uma operação profunda" e "bastante forte" para extrair um "tumor abscesado completo", que durou mais de seis horas e foi realizada por especialistas cubanos e venezuelanos que estão entre os melhores do mundo.

Maduro citou que participaram do processo oncologistas, patologistas, microbiólogos e proctologistas.

O chanceler disse que nos primeiros 4 ou 5 dias a recuperação de Chávez foi lenta e depois desse período ele começou a caminhar e a cumprir uma dieta e um plano médico que estão levando a um franco processo de recuperação.

Venezuelanos ansiosos especulavam no último sábado quanto tempo levará para o presidente Hugo Chávez se recuperar após a operação para retirada do tumor, mesmo depois de o governo reafirmar que o líder socialista terá condições de concorrer à reeleição em 2012.

A oposição criticou sua administração por segurar informações básicas a respeito da condição do presidente Chávez, de 56 anos, que insiste em permanecer no cargo.

Sua doença estarreceu o país, que é o maior exportador de petróleo da América do Sul, revelando a ausência de um sucessor e reforçando temores de um vácuo no poder e do início de uma disputa política.