Proliferação de pombos na Capital preocupa e exige cuidados

Cada vez mais presentes nas ruas e praças de Fortaleza, aves podem transmitir doenças graves, como a criptococose

Escrito por Ranniery Melo ,

A presença de pombos é cada vez mais perceptível no cenário urbano de Fortaleza. Presentes em locais movimentados, como ruas e praças, a proliferação das aves é motivo de incômodo para muitas pessoas, preocupadas com a possível transmissão de doenças. Na Praça dos Voluntários, no Centro, por exemplo, basta jogar um punhado de quirela para que dezenas de aves ajuntem-se na busca pelos grãos. "Eles ficam aqui direto e é um risco para a gente, pois as fezes deles muitas vezes caem nas pessoas. Os pombos não saem daqui, pois tem quem dê comida a eles”, relata a empregada doméstica Maria Socorro da Silva, que trabalha próximo à praça. 

De acordo com o médico infectologista e professor de Medicina, Anastácio Queiroz, o principal perigo no que diz respeito aos pombos, é a transmissão de criptococose, doença causada por um fungo que pode ser encontrado nas fezes da ave. A patologia pode acometer diversos órgãos do corpo humano, sendo a meningite o sintoma mais grave. Em pessoas com o sistema imunológico comprometido, pode deixar sequelas, ou mesmo ser fatal. "A transmissão da doença se dá, principalmente, através das fezes secas. Se a pessoa respira, por exemplo, alguma poeira, que contenha fezes de pombo, ela pode contrair a doença", comenta o especialista. 

Controle

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o caso da proliferação dos pombos é uma questão ambiental. Dessa forma, existem leis que protegem os pássaros contra o extermínio para controle populacional. Entretanto, a Prefeitura de Fortaleza realiza algumas ações pontuais, principalmente em áreas de maior incidência, como a Praça dos Voluntários. Além da limpeza das áreas, há ainda ações educativas para a população, aconselhando que não alimentem os pombos.
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