Prefeitura deve atender 1.560 pacientes em casa para otimizar vagas em hospitais públicos da Capital

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Programa “Melhor em Casa”, tem como foco as pessoas que estão atualmente internadas, mas que possuem condições de continuar o atendimento em casa, de modo seguro

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Segundo a Prefeitura, a iniciativa deve melhorar todos os índices dos hospitais e, principalmente, dar um atendimento humanizado.
Foto: Foto: José Leomar

O Programa “Melhor em Casa”, lançado nesta segunda-feira (27) pela Prefeitura de Fortaleza em parceria com o Governo Federal, busca disponibilizar cuidados médicos para cerca de 1.560 pessoas em domicílio e reduzir a quantidade de pacientes em unidades hospitalares municipais. Em fevereiro, serão disponibilizadas 16 equipes multiprofissionais da área da saúde familiar para atender 960 pacientes e, somadas a outras 10 equipes que devem integrar o serviço em março, terão capacidade de atender de 1.560 pessoas. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o foco do trabalho serão as pessoas que estão atualmente internadas, mas que possuem condições de continuar o atendimento em casa, de modo seguro. Ao ofertar esse serviço, a secretária de saúde, Joana Maciel, afirma que pretendem “melhorar todos os índices dos hospitais e, principalmente, dar um atendimento humanizado, uma vez que a população pode ser atendida de forma segura junto com a sua família”. 

Segundo a enfermeira e coordenadora do programa, Adriana Ximenes, o tempo de acompanhamento depende da evolução do paciente, “a gente não tem tempo certo, mas iremos evitar que fique se internando e voltando para casa. A equipe vai estar junto com a família e vai ter todo aquele apoio”, coloca. 

O programa será custeado em 80% pelo Governo Federal e dividido nas modalidades AD1, de responsabilidade da atenção básica e AD2, para pacientes com necessidades de procedimentos complexos. Enquanto o primeiro atende sujeitos com problemas de saúde controlado e com frequências mais distantes de atendimento, o segundo requer recursos contínuos até a estabilização do quadro médico, assim como o atendimento semanal. 

Serão 16 Equipes Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) formadas cada uma por 1 médico, 1 enfermeiro, 4 técnicos de enfermagem e 1 fisioterapeuta. Outras oito Equipes Multiprofissional de Apoio (Emap) são compostas por 1 assistente social, 1 terapeuta ocupacional, 1 nutricionista e 1 farmacêutico e, algumas, incluem um dentista e um fonoaudiólogo. Não foi especificada quantas das equipes funcionam com esses outros dois profissionais.

Joana explica que o perfil do paciente do projeto é o “mais complexo, ficando exatamente entre a Estratégia Saúde da Família e a rede de urgência e emergência, quer seja UPA, quer seja hospital”, conclui. 

Critérios do Programa

Para poder receber o atendimento domiciliar e a assistência das equipes de Estratégias de Saúde da Família, é necessário se enquadrar dentro de critérios administrativos, clínicos e socioassistenciais. 

Dentre os administrativos, há a exigência de ser morador residente de Fortaleza e o domicílio  deve oferecer acesso a carros, assim como o paciente precisa ter um responsável que assine o Termo de Compromisso do Serviço de Atenção Domiciliar.

Nos critérios socioassistenciais são requeridos um cuidador, familiar ou não, responsável pelo paciente; um domicílio com recursos básicos de infraestrutura, saneamento básico e ventilação e o encaminhamento para o Serviço de Atenção Domiciliar realizado por médico da unidade de origem, garantindo a estabilidade clínica necessária para a transição para a modalidade de assistência de atenção domiciliar. 

Já os critérios clínicos estão inclusos os usuários com afecções agudas, crônico-degenerativas, crônicas agudizadas; com necessidades de cuidados paliativos, com acompanhamento clínico semanal, e de uso de equipamentos ou agregação de procedimentos de maior complexidade. 
 

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