Fortaleza é 7ª menor em condutores sob efeito de álcool

Fortaleza se mantém entre as sete capitais onde as pessoas menos ingerem álcool antes de dirigir

Escrito por Ranniery Melo ,

Fortaleza figura como a 7ª capital brasileira com menor consumo abusivo de bebidas alcoólicas entre pessoas maiores de 18 anos, associado à condução de veículos motorizados. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, por meio da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O estudo foi realizado em todo o País durante o ano de 2013. Cerca de 52,9 mil pessoas foram entrevistadas por telefone. Em Fortaleza, foram realizadas entrevistas com 1.977 pessoas, sendo 1.192 delas mulheres e 785 homens.

Na capital cearense, foi verificado que 4,2% dos entrevistados alegaram realizar a condução de veículos motorizados após o consumo de bebida alcoólica, independentemente da quantidade de bebida consumida e da periodicidade da prática. Fortaleza esteve atrás, respectivamente, de Recife, Rio Branco, Manaus, Rio de Janeiro, Maceió e Belém. No Brasil, Cuiabá, Palmas e Florianópolis foram as capitais com maiores índices, onde 11,9%, 11,4% e 11% dos entrevistados, respectivamente, se referiram a conduzir veículos depois da ingestão de álcool.

Com a diferenciação de sexo, a pesquisa constatou que, em Fortaleza, 8,1% do público masculino assumiu já ter bebido antes de dirigir, enquanto 1% das entrevistadas do sexo feminino afirmou ter feito o mesmo.

Na média nacional, o estudo verificou que, em sete anos, houve uma queda de 45% no consumo de álcool associado à direção. Em 2007, o índice geral era de 2% e passou para 1,1% em 2013. Na região Nordeste, a diminuição foi de 50%, com os índices caindo de 2,4% para 1,2% dos entrevistados.

Lei Seca

Os dados demonstram que a redução nos números acompanhou a aprovação da Lei Seca, cuja primeira edição foi em 2008 e, a segunda, em 2012. Dessa forma, a população passou por uma mudança significativa nos hábitos.

Em dezembro de 2012, o governo federal sancionou e tornou mais rígida a Lei 12.760, que ficou conhecida como Lei Seca, buscando inibir o consumo de bebidas alcoólicas pelos condutores antes de dirigir. De acordo com a medida, é permitido o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como formas de provar a embriaguez de motoristas.

O limite máximo de álcool permitido no organismo é de 0,05 mg/l, quando captado pelo bafômetro. Na prática, o índice corresponde à tolerância zero. Quem for flagrado com uma taxa de álcool igual ou acima do tolerado pode pagar multa no valor de R$1.915,40, ao acréscimo de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

O valor da multa dobra em caso de reincidência. Além disso, quem for pego com uma taxa de álcool no organismo igual ou superior a 0,34 mg/l será autuado por crime de trânsito e pode ter uma punição de até três anos de prisão.

O estudo Vigitel compreendeu ainda a frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas, ou seja, a ingestão acima de quatro doses para mulheres e acima de cinco para homens, em uma mesma ocasião. No quesito citado, Fortaleza foi colocada como a 4ª capital de menor ocorrência de abusos com álcool. 13,7% dos entrevistados na capital cearense afirmaram ter ingerido álcool em excesso em até 30 dias antes do questionário.

Abuso

Fortaleza esteve atrás somente de Manaus, Curitiba e Rio Branco, nessa ordem. Já Aracaju, Salvador e São Luís, nessa ordem, foram as cidades com maior abuso no consumo de bebidas alcoólicas. Na diferenciação por sexo, o estudo detalhou que os homens costumam fazer o uso exagerado de álcool com maior frequência que as mulheres. 21,3% dos homens se encaixaram na situação descrita pela pesquisa em Fortaleza, em relação à 7,3% das mulheres que responderam ao questionaram.

Os fortalezenses do sexo masculino aparecem em 7º lugar entre os brasileiros que menos exageram no álcool, enquanto as mulheres da capital cearense são colocadas como 8º lugar no ranking nacional daquelas que menos abusam no consumo de álcool.  

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