Família recupera pertences de cearense morto em acidente de lancha: 'ele lutou para viver'

Cláudio Vieira foi o último encontrado após desaparecimento de lancha em trajeto do Rio para o Ceará no fim de janeiro

Escrito por Matheus Facundo , matheus.facundo@svm.com.br
Bíblia
Legenda: Bíblia de Cláudio, um dos pertences recuperados pela esposa do cearense, está praticamente intacta
Foto: Arquivo pessoal

A família de Cláudio Vieira, de 52 anos, recuperou nesta quarta-feira (3) os pertences do mecânico náutico, morto em acidente com lancha que vinha do Rio de Janeiro para o Ceará em fevereiro. Segundo a esposa, todos os pertences levados por ele no trajeto foram recuperados, incluindo uma bíblia praticamente intacta. 

Eurides Silva Vieira, de 40 anos, companheira de Cláudio, teve acesso aos objetos com a Marinha do Brasil e acredita que este "tenha sido o propósito de Deus". "É incrível como tudo voltou, inclusive a palavra de Deus. Eu fui fiel ao tempo e disse que Deus ia me honrar, ele com vida ou sem vida. E ele honrou", conta, em entrevista ao Diário do Nordeste. 

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Um pescador encontrou os pertences do cearense em Quissamã, no Rio de Janeiro, mesma região onde as vítimas desapareceram. O corpo de Cláudio foi o último a ser encontrado, no dia 9 de fevereiro.

O grupo de cinco amigos estava desaparecido desde 29 de janeiro deste ano, quando regressava ao Ceará. Uma suposta falha na lancha a fez sumir nas proximidades do Farol de São Tomé, no Litoral Norte da capital fluminense. 

Pertences
Legenda: Marinha do Brasil devolveu os pertences de Cláudio Vieira nesta quarta-feira (3)
Foto: Arquivo pessoal

Ao lado de Cláudio, estavam Guilherme Ambrósio, como comandante; Wilson dos Santos, pescador; além de Ricardo Kirts e Domingos de Souza, donos do equipamento.

Luta pela vida

Eurides Silva acredita que o marido ficou vivo por cerca de seis dias em meio aos problemas com a embarcação. "É muito certo que ele lutou para viver. Ele não morreu como os outros, acredito que tenha demorado, pois, ele lutou. Inclusive o sinal do GPS do celular dele mostra que ele ficou em zigue-zague por seis dias", comenta. 

"Ainda estou muito abalada, processando tudo. É uma coisa que ninguém explica. Molho de chave, higiene pessoal, voltou tudo, nada ficou no mar. Deus tirou, mas também deu", lamenta.

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