Estudantes de escola do Vicente Pinzón onde parte de estrutura desabou ainda esperam por reforma

Desde o dia 27 de março deste ano, alunos da Escola Estadual de Educação Profissional Maria Ângela da Silveira Borges estão assistindo aula em um espaço improvisado.

Escrito por Redação ,
Legenda: Alunos, docentes e funcionários cobram agilidade na entrega da escola que ainda passa por obras
Foto: Foto: Isanelle Nascimento

Estudantes e professores da Escola Estadual de Educação Profissional Maria Ângela da Silveira Borges, no Bairro Vicente Pinzón realizaram nesta quarta-feira (26) um protesto contra a demora das obras e o prejuízo ao ensino.

Eles estão tendo aula em um espaço improvisado desde que parte da estrutura física desabou no dia 27 de março deste ano ferindo dois adolescentes.

Ao todo, 432 estudantes, 30 professores e 10 servidores foram realocados para o terceiro andar da Universidade do Parlamento Cearense (Unipace), no Dionísio Torres, de acordo com a professora de Sociologia Karla Queiroz.

Segundo a docente, o espaço é insuficiente para comportar a demanda e as necessidades da escola. “Não existe sala de professores ou coordenação. Os meninos na hora do intervalo fazem barulho e isso é normal, mas os professores que estão em planejamento não conseguem planejar e os coordenadores também têm dificuldades. Não é uma escola”, explica.

Procurada, a Secretaria da Educação afirmou em nota que a volta às aulas na Escola Maria Ângela Borges está prevista para agosto. "Caso haja algum impedimento para esse retorno, a Unipace já sinalizou que as aulas terão continuidade no mesmo espaço onde atualmente acontecem. Os alunos não serão prejudicados e os 200 dias letivos serão cumpridos."

Alunos prejudicados

Para Francisco Ângelo do Nascimento, de 18 anos, as mudanças afetam o rendimento das aulas. “Tem salas que dividem turmas e são 80 alunos para um professor dar aula, causando desatenção”, pontua. Além disso, Ângelo relata que a irregularidade no horário da saída dos ônibus cedidos pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc), que levam até a Unipace, acaba fazendo com que alguns alunos percam o transporte.

O estudante diz ainda que a situação afeta até a preparação para as provas dos vestibulares. “O tempo não para. Eu estou me preparando para as provas extracurriculares, por exemplo a do Enem e da Uece, e está sendo muito complicado estudar porque a gente não tem espaço para isso. O Enem não vai parar porque a minha escola está com problemas”, conclui.

Sobre a reclamação de obra parada na escola, a Superintendência de Obras Públicas (SOP) informa que as intervenções na área interna estão em andamento e já foi aberta licitação para reforma da área externa da unidade.

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