Engarrafamento é alvo de queixas

Motoristas reclamam dos congestionamentos em vias importantes . Demora no trânsito gera também insegurança

Escrito por Redação ,
Legenda: A Avenida Santos Dumont é apontada como uma das que registram tráfego lento
Foto: FOTO: KLEBER A. GONÇALVES

Ainda que grande parte das obras públicas realizadas nos últimos anos sejam voltadas à mobilidade urbana, o tráfego de veículos permanece como um grande desafio enfrentado diariamente pelos condutores. Ao aproximar-se das 18h, já percebe-se a diminuição da velocidade dos carros e motos, até o momento em que para totalmente o fluxo das vias.

Segundo a MapLink , empresa que há 14 anos atua no mercado de geolocalização fornecendo informações de trânsito, em Fortaleza, às 17h30, eram registrados 114km de vias congestionadas. O fluxo só começou a diminuir por volta das 19h, quando se registrava 37 km. O aplicativo elenca as vias mais problemáticas: avenidas Antônio Sales, Dom Luis, Barão de Studart, Aguanambi e BR 116.

Na avenida Antônio Sales, por exemplo, por volta das 18h30, os carros não conseguem prosseguir de forma contínua mesmo que adiante os semáforos permaneçam verdes. Seguir pela mesma avenida num trajeto entre os cruzamentos com a avenida Desembargador Moreira e com a rua São Gabriel, significa gastar 15 minutos, quando o caminho pode ser feito, em horários de menor fluxo, em cerca de três minutos.

Para muitos motoristas, o congestionamento já faz parte da rotina. O professor Augusto Pontes, por exemplo, que costuma trafegar pela avenida Antônio Sales, expõe que já está habituado com a falta de agilidade. "Já nem reclamo mais, porque não adianta. Não lembro de ter visto essa avenida, nesse horário, sem estar engarrafada. Só quem anda mesmo é quem está de bicicleta", comenta.

Insegurança

A Avenida Santos Dumont é outra via de grande circulação da cidade que enfrenta, de forma recorrente, grande fluxo de veículos nos horários de pico. Um dos locais mais problemáticos dá-se no encontro com a Avenida Engenheiro Santana Junior. Os carros e ônibus que saem do túnel Barros Pinho acabam trafegando de forma desorganizada, criando oportunidades para colisões entre os veículos. É possível, até mesmo, flagrar carros avançando sobre as calçadas, para ter acesso à via perpendicular.

A funcionária pública Ana Carla Marques diz que teme sofrer assaltos enquanto os carros estão parados. "Sempre ando com os vidros fechados, porque não dá para confiar". A reportagem do Diário do Nordeste tentou contato com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) para saber se o órgão diagnosticou um aumento no fluxo de veículos nas vias abordadas, mas os telefonemas não foram atendidos.

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