Doença mão-pé-boca aumenta em período de chuvas: veja sintomas, cuidados e tratamento

Diagnóstico pode ser feito por pediatras ou dermatologistas. Sintomas costumam desaparecer após duas semanas

Escrito por Redação ,
A doença mão-pé-boca geralmente não gera casos graves e é autolimitada, ou seja, desaparece sozinha após algumas semanas
Legenda: A doença mão-pé-boca geralmente não gera casos graves e é autolimitada, ou seja, desaparece sozinha após algumas semanas
Foto: Shutterstock

Registrada principalmente entre crianças menores de cinco anos, a doença mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie e se manifesta por meio de aftas na boca, erupções e manchas nas palmas da mão e nas solas dos pés. Apesar de serem observados no ano inteiro, durante o período de chuvas no Ceará, entre fevereiro e maio, o número de casos costuma aumentar, segundo especialistas. Cuidados com a higiene das mãos das crianças e hidratação devem ser intensificados.

A doença geralmente não gera casos graves e é autolimitada, ou seja, desaparece sozinha após algumas semanas. Mesmo assim, crianças acometidas pela enfermidade devem ter acompanhamento médico, já que os sintomas podem incomodar, causar irritação e prejudicar até mesmo a ingestão de líquidos e alimentos. Febre alta também é registrada nos primeiros dias de infecção.

De acordo com a pediatra Vanuza Chagas, o incômodo causado pelas aftas e feridas na boca podem fazer com que a criança tenha dificuldades para engolir comida e água. “Um dos riscos disso é a desidratação. Então, sempre procurar aumentar a ingestão de líquido, ficar vigilante para a criança não ter sintoma de desidratação, como diminuição da quantidade de urina, a boquinha seca”, explica. 

Devido ao vírus ser altamente contagioso, sendo transmitido pela via oral e contato com pessoas doentes, a médica indica o isolamento da criança infectada. Idas à escola e contato com pessoas fora do ambiente familiar devem ser evitados. Objetos utilizados pelo bebê enfermo também devem receber atenção redobrada, precisando passar por desinfecção.

Caso a higiene seja inadequada, é possível que a criança desenvolva novos quadros da doença, pois ela não deixa uma imunidade duradoura. Outro sintoma comumente observado, relata Vanuza, é a queda das unhas do paciente algumas semanas após a infecção. 

Cuidados com a pele das crianças

Por causar também feridas e descamação da pele das mãos, dos pés, do cotovelo, da região dos glúteos e genitais, a dermatologista Hercília Queiroz orienta que os pais hidratem também essas regiões. Além disso, a médica afirma que é necessário cortar as unhas das crianças para evitar que elas rompam as erupções, o que pode causar infecções secundárias.

“O que a gente sempre alerta hoje para os pais que estão com crianças com alguma doença relacionada à pele é sempre buscar a avaliação do dermatologista, quando o início dos sintomas são na pele. Quando há também outros sintomas, levar a criança imediatamente para o atendimento com o pediatra”, orienta Hercília. A automedicação deve ser evitada.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença geralmente é clínico, ou seja, é feito pelo médico no consultório após examinar o paciente. A avaliação do médico é importante para saber os passos do tratamento, já que os sintomas similares ao da mão-pé-boca podem ser encontrados também em outras doenças, como a catapora. 

Em casos mais graves, quando o paciente apresenta casos de desidratação ou quando o vírus afeta o sistema nervoso central, é necessária a internação, segundo a pediatra Vanuza. 

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