Doação de órgãos: ato na Praia de Iracema homenageia familiares e pacientes neste domingo

Participantes se reúnem para dar visibilidade à doação de órgãos, sangue e medula no Ceará em queda devido à pandemia

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Foto mostra ato para doação de órgãos
Legenda: Apesar do foco em pacientes com doenças hepáticas, Associação reúne transplantados de órgãos como rins e coração
Foto: Acervo Associação

Membros da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados (Acephet) se reuniram no Aterro da Praia de Iracema para dar visibilidade à data marcada, neste domingo (27), como o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos. Também participaram transplantados e seus familiares com balões coloridos em alerta à queda de doações e dificuldades no tratamento devido à pandemia do novo coronavírus.

“Esse ato de hoje tem uma importância e significado muito grande porque há 17 anos nós fazemos esse trabalho dia a dia, mas o mês de setembro foi escolhido nacionalmente para representar aquele que doa tempo e não só órgão, mas sangue e medula”, destaca Suzana Nascimento, coordenadora de eventos da Acephet.

Esse ato demonstra nossa força e, simbolicamente, um transplantado vai ficar no meio do arco infinito, ao redor pessoas transplantadas de fígado, rim, pulmão e coração, seus familiares

Os participantes formaram um laço infinito, com balões representando transplante e paz, com cerca de 25 pessoas. Também é feita homenagem ao presidente da Acephet, José Wilter Ferreira Ibiapina, que faleceu em maio devido a complicações cardíacas.

Foto mostra ato para doação de órgãos
Legenda: Participantes lembram importância de doação também de sangue e medula óssea
Foto: Acervo Associação

Devido às complicações trazidas com a Covid-19, as doações de órgãos tiveram redução de 71,8% nos dois primeiros meses da pandemia. Nesse contexto, a organização criada em 2003 para atender a pacientes transplantados devido às hepatites B, C e outras patologias reforça a mensagem da doação de órgãos e tecidos.

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O período, como lembra Suzana Nascimento, foi difícil não só para a realização de transplantes, mas também para manter o tratamento adequado. “A maioria desses pacientes são de fora e precisam tomar medicamento. Então a Acepeth, em parceria com Hospital das Clínicas, enviava os remédio aos pacientes. Nenhum ficou sem, mas foi um sacrifício bem grande”, pondera.

Dessa forma, o trabalho da Associação também é feito com informações sobre as principais doenças relacionadas ao comprometimento do fígado. “Quando é descoberto a tempo é uma alegria, (o paciente) consegue fazer um transplante tranquilamente porque hoje nós temos tratamento e cura para a hepatite C”, ressalta Suzana Nascimento.

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