Decreto de regulamentação do Parque do Cocó deve ser assinado até o Natal, diz secretário

Pelo acordo, área com 1.056 hectares passará da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para o Estado. Além disso, serão criadas três Aries

Escrito por Leda Gonçalves ,
O decreto que oficializa a criação do Parque do Cocó será assinado até o Natal. A afirmação é do titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Artur Bruno. Segundo ele, tudo está pronto, com todas as pendências resolvidas, e o governador Camilo Santana escolheu a data como “presente de fim de ano para a população cearense”, salienta. 
 
Bruno confirma que o Parque terá área total de 1.056 hectares. Além dele, o Ceará criará mais três Áreas de Relevante Interesse Ecológico (Aries) juntas ao parque. Serão elas: Dunas da Cidade 2000 (12,68 ha), Dunas do Cocó (146,63 ha) e do Rio Cocó (158,11 há), totalizando 1.373 hectares protegidos por lei. Por estar inserido 100% em terreno de marinha, comenta, pertencente à União, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) irá transferir a área do parque para o Estado. 
 
Após a assinatura do decreto, adianta, o governador lançará um concurso nacional para a criação uma via paisagística com calçadão e ciclovia, além da instalação de equipamentos. “São trilhas, quadras esportivas, entre outros”, explica o secretário.
 
O projeto prevê ainda que todo o parque será cercado.  “É um longo caminho percorrido, mas finalmente, entregaremos o parque à população de forma adequada e sem questionamentos. Nesta estrutura, o parque será um dos maiores da América Latina, com tamanho cinco vezes maior que o Ibirapuera (São Paulo), por exemplo”, compara. 
 
Com a nova proposta, ressalta, a Bacia do Cocó terá ao todo 2.907,44 hectares de rede de proteção, visto que já têm regulamentação a Área de Proteção Ambiental da Sabiaguaba; o Parque Natural Municipal de Sabiaguaba; o Parque Linear Adahil Barreto e a Arie Municipal das Dunas do Cocó. 
 
Maior proteção
 
A ideia lançada anteriormente pelo Fórum Cocó, em abril de 2015, era que a área do Parque compreendesse 1.400 hectares, sem trechos de Aries, o que garantiria maior proteção por se tratar de Unidade de Conservação Ambiental. Sobre a diferença, Bruno explica que, com a criação das Aries, que já garantem alguma proteção, o polígono fica semelhante ao proposto pelo Fórum.
 
Artur Bruno também faz um breve histórico das tentativas de regularizar o Parque nas últimas décadas, que tiveram início em 1986, através de um decreto municipal para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) Vale do Rio Cocó. Pouco tempo depois, conta, o Estado apresentou dois decretos, em 1989 e 1993, tornando a área de utilidade pública para a criação da unidade de conservação. Contudo, por não ter ocorrido nenhuma ação no prazo de cinco anos os atos perderam seu valor. “Agora, vamos sim, entregar finalmente, esse presente para todos os cearenses”, diz.
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.