Ausência de equipamentos e obras geram impactos na Beira Mar

Comerciários da feira de artesanato reclamam da falta de banheiro no espaço onde estão temporariamente. Quem anda pela orla, também precisa redobrar a atenção em trechos desordenados pelo trabalho de requalificação

Escrito por Redação , metro@verdesmares.com.br
Legenda: Um alerta atual é no trecho em frente ao Náutico Atlético Cearense, aonde consta uma cratera
Foto: FOTOS: LUCAS BARBOSA

Aos poucos ela vai tomando forma, ganhando novas estruturas e reforma de seus equipamentos. Mas quem frequenta toda a extensão da Avenida Beira Mar, do Mucuripe à Praia de Iracema, ainda se depara com obstáculos e alguns problemas estruturais.

Do novo espaço disponibilizado aos comerciantes da Feirinha da Beira Mar, por exemplo, sobram queixas. Especialmente em relação à ausência de banheiros para os trabalhadores. A alternativa, segundo os feirantes, é improvisar um espaço atrás dos grandes encanamentos atualmente dispostos na faixa de areia para as obras de engorda do Aterro.

“Até agora não foi disponibilizado nada. Os homens vão de um lado e as mulheres de outro. Passar mais de um ano aqui sem banheiro é complicado”, comenta o feirante Antônio Costa. A comerciante Cosma Lima relata, também, a dificuldade com o espaço reduzido e o pó gerado a partir do cimento usado para receber as barracas. “Fica todo mundo gripado e temos que molhar o tempo todo, mas não adianta. Esse piso foi mal feito. Suja toda a mercadoria e precisamos limpar”, reclama. 

O encanamento na Praia de Iracema, por sua vez, não conta com estrutura de proteção adequada para afastar o público do local. Esse é o motivo de preocupação da dona de casa Claudênia dos Santos, especialmente em relação a aproximação de crianças. “Eles parecem enferrujados e qualquer um pode chegar perto. Sem falar que aqui nessa parte ta muito desorganizada, feia. O calçadão todo quebrado”, diz.

Requalificação

O cenário atual é consequência das obras de requalificação de toda a Beira Mar, atualmente em 14% de execução, segundo balanço da Prefeitura de Fortaleza. A disputa por espaço entre máquinas e população, no entanto, acontece em quase toda a extensão da orla. Nos trechos entre as ruas Oswaldo Cruz e Joaquim Nabuco, por sua vez, a faixa estreita que sobrou na via em obras é dividida por ciclistas e veículos. Outros, por sua vez, se veem obrigados a pedalar na calçada, junto a pedestres. Já em alguns locais, como no prolongamento da Rua Manuel Jucá, não há calçadão e quem passa se depara com areia, barro ou pedras soltas. Outro ponto que gera alerta é em frente ao Náutico Atlético Cearense, onde uma grande cratera segue aberta.

A ausência de banheiros públicos também é percebido no decorrer da Beira Mar. A reportagem verificou a construção de apenas dois: próximo ao anfiteatro e em frente ao Hotel Gran Marquise. A Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf) disse que sete estão previstos a partir do projeto de requalificação. Informou, também, analisar no momento alguns orçamentos relacionados a banheiros químicos para dar mais conforto aos feirantes na localização provisória da feira.

Sinalização

Ainda de acordo com a Prefeitura, técnicos de segurança da empresa responsável pelas obras seguem fiscalizando a sinalização para segurança de trabalhadores e da população. “Devido a não interrupção total da via, em alguns momentos haverá grande estreitamento da via e dos passeios. A Prefeitura pede a colaboração da população que tenham mais atenção e não passem em locais isolados pela sinalização”, diz nota da Seinf.

Já sobre os canos para dragagem, a secretaria municipal afirma não haver “nenhum risco evidenciado à população. Eles deverão ser retirados da areia para dar início à engorda da faixa de areia”. 

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