Atendimento a pacientes da UTI do Albert Sabin segue há 4 dias em local improvisado

Hospital reafirma que pacientes na unidade estão estáveis e que as medidas necessárias para garantir sua segurança e atendimento estão sendo tomadas.

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: UTI 1 permanece interditada no HIAS
Foto: Foto: reprodução

Quatro dias após a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) ter sofrido problemas estruturais em virtude das chuvas em Fortaleza, pacientes que permanecem na unidade seguem recebendo atendimento em uma área improvisada, causando preocupação aos pais.  

Uma mãe ouvida pela reportagem – com identidade preservada – disse que a filha é uma das cinco crianças que estão sendo tratadas no bloco S do hospital. O local, no entanto, não oferece a mesma segurança de uma UTI, na avaliação dela. 

“No bloco S tem os pacientes da enfermaria. Eles recebem visitas e fica passando gente no corredor. A preocupação é essa, porque a porta fica aberta, não é como na UTI que é fechada e não tem perigo de entrar uma mosca, mas agora tem. Hoje eu vi uma mosca rondando o berço da minha filha e isso está me deixando desesperada”, relata. 

Na última segunda-feira (30), uma das UTIs teve queda de energia e a outra sofreu vazamento de água. Juntas, as unidades acomodavam cerca de quinze pacientes, segundo relato dos pais. Alguns foram transferidos para o Hospital Waldemar de Alcântara.  

Segundo a mãe, a UTI permanece sem energia elétrica e molhada e a informação repassada por uma assistente social aos pais é a de que a unidade voltará a funcionar na próxima segunda-feira (6). O receio, conforme acrescenta, é que a situação perdure com a continuidade das chuvas. 

“Quando as enfermeiras chegam à noite para o plantão é uma confusão porque não sabem onde têm nada. Hoje choveu e está tudo molhado, se não tomarmos cuidado a gente leva uma queda nos corredores. Uma outra mãe falou que o filho dela estava com desconforto muito grande, estranhando o local. Até as técnicas estão reclamando. É uma situação muito lamentável”, diz. 

A reportagem questionou ao HIAS se a área onde os pacientes estão de forma provisória oferece algum risco a eles, assim como quais medidas de manutenção estão sendo realizadas nas UTIs afetadas.  

Até a publicação desta matéria, no entanto, o hospital apenas repetiu a nota enviada na segunda-feira (30), informando que “todas as crianças estão sob os cuidados de equipe multidisciplinar e se encontram estáveis. O Hospital lamenta o incidente e informa ainda que todas as medidas necessárias foram providenciadas para garantir a segurança e continuidade do atendimento dos pacientes”, diz a nota.  

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