Moradores do Conjunto Ceará manifestaram uma opinião contrária ao decreto municipal que homenageou a menina Alanis Maria Laurindo de Oliveira colocando seu nome no lugar da antiga Avenida B, uma das vias mais movimentadas do bairro. A mudança partiu do vereador Eulógio Neto (PSC), em lembrança a menina de cinco anos que foi morta de forma brutal no ano de 2010.
Populares não receberam de forma positiva a mudança do nome da rua. Os moradores dizem que com o nome da criança a rua será lembrada negativamente pela violência.
De acordo com Jader da Silva, residente daquela avenida, os moradores não foram consultados sobre a alteração. Para o morador, o decreto foi um ato isolado de autoria do vereador Eulógio Neto, também habitante do Conjunto Ceará.
Jader afirma que a liderança comunitária do bairro está realizando um abaixo assinado, com a inclusão de outros vereadores, para tentar reverter a situação. Ele ressalta que a comunidade não está se pondo contra a criança, mas contra a alusão à tragédia ocorrida.
Morte chocou Fortaleza
A menina Alanis Maria foi sequestrada, estuprada e morta por Antônio Carlos Xavier, o “Casim”, no dia 7 de janeiro de 2010. A criança foi sequestrada enquanto brincava no pátio da Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará, bairro onde nasceu e viveu até aquela data. O corpo foi localizado em um matagal, próximo ao canal do Antônio Bezerra.
A denúncia do Ministério Público apontou que o réu teria estuprado, causado traumatismo craniano e asfixiado Alanis Maria. Na época, o MP não se convenceu de que "Casim" tivesse transtorno mental, com avaliação de maníaco sexual, de acordo com declarações do promotor Sílvio Lúcio Lima.