Abrigos para idosos no Ceará ainda não têm data para voltar a receber visitas
De acordo com o MPCE, uma portaria deve sair em breve com mais orientações para um possível retorno
Diante da pandemia do novo coronavírus, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no Ceará precisaram restringir as visitas de amigos, familiares e voluntários para evitar o contágio do vírus. Mesmo após os meses de alta na curva epidemiológica, ocorrida no primeiro semestre, os abrigos ainda não têm data certa para o retorno das atividades e visitações, conforme o coordenador da área do idoso do Grupo Especial de Combate à Pandemia do Novo Coronavírus do Miistério Público do Ceará (MPCE), o promotor de Justiça Hugo Porto.
Uma portaria deve ser divulgada em breve com atualizações sobre o assunto. “Recentemente, conversamos com um grupo da Secretaria de Saúde do Ceará para que pudesse disciplinar a possibilidade de atividades dentro de ILPIs e também verificar caminhos seguros para contatos familiares, tudo com as devidas medidas de segurança sanitária”, explica o promotor do MPCE.
Estabilização
A curva epidemiológica do vírus dentro dos abrigos acompanha a da sociedade em si, segundo Porto. “Tivemos um período bastante agudo em abril e maio, mas hoje temos uma situação mais estabilizada como no Ceará em geral. Estamos acompanhando a evolução ou involução dos casos”.
No Estado, até dia sete de outubro, cerca de 40% dos idosos que vivem em ILPIs testaram positivo para Covid-19. Sobre uma possível nova onda de casos, o coordenador afirma que “não percebemos um incremento que precise alterar qualquer protocolos no momento. Em relação aos óbitos e dentro das ILPIs, a gente está em estabilidade igual com o Estado”.