Wellington Paulista mantém faro de gol e versatilidade em 2020

Principal goleador do Fortaleza nesta temporada, WP9 mantém boa média do ano passado e versatilidade para seguir como peça importante no sistema ofensivo do técnico Rogério Ceni

Legenda: Wellington Paulista é o artilheiro do time tricolor na temporada
Foto: Bruno Oliveira/FortalezaEC

Ele foi contratado pelo Fortaleza em março de 2019 com uma missão clara: ser o homem-gol. Desde então, não somente tem cumprido o objetivo com louvor como tem ajudado também de outras formas, contribuindo para o bom desempenho coletivo de todo o time. Aos 37 anos, Wellington Paulista é o artilheiro isolado do Leão no ano, provando que o faro de gol está em dia e tem muito a fazer pelo clube em 2020.

Com os dois gols marcados contra o América/RN, na última terça-feira (21), ele chegou a seis na temporada e se isolou como goleador do Tricolor. Tem ainda o detalhe: todas as vezes que Wellington Paulista marcou gols, o Fortaleza saiu de campo vitorioso. Além do jogo contra o Mecão, também foi assim contra Santa Cruz, Barbalha e Ceará.

Mesmo assim, para o experiente atacante, de 37 anos, ainda é pouco. "Como centroavante, eu queria mais, né!? Mas a gente sabe que tudo tem sua hora certa. A gente vai trabalhando pra buscar os espaços, o Rogério muda a cada jogo, a gente sabe que ninguém é titular absoluto no comando dele, então a gente continua trabalhando pra que possa sempre buscar o melhor a cada jogo, e sempre vou me dedicar ao máximo quando estiver dentro de campo".

Além dos gols marcados, WP9 tem ainda duas assistências para gols, totalizando assim oito participações diretas em gols marcados pelo Tricolor neste ano.

A eficiência mantém a boa média, que já vem desde o ano passado. Em 2019, o centroavante foi o principal goleador do Fortaleza, com 15 gols marcados, sendo o artilheiro do time na Série A do Campeonato Brasileiro. E foi ele o autor dos gols nas duas vitórias por 1 a 0 sobre o Botafogo/PB, na final da Copa do Nordeste do ano passado, crescendo no momento decisivo e se tornando "o cara" das finais.

Versatilidade

Mas se engana quem pensa que Wellington Paulista é aquele centroavante que fica parado na área esperando a bola chegar para só empurrar pras redes adversárias. Sob comando de Rogério Ceni, o atacante passou a desempenhar importante papel tático, auxiliando também na marcação, quando a equipe não tem a bola, e também participando da criação de jogadas, por vezes, como um "Camisa 10".

Isso faz com que seja visto como uma peça de maior versatilidade no setor ofensivo, o que lhe dá a vantagem de desempenhar mais de uma função, atuando até com mais liberdade, e permite também jogar ao lado de outro centroavante de referência.

"Quando o Cariús entra, quando o Orobó entra, eu procuro sair um pouco mais pra rodar a bola, porque são jogadores mais altos que eu, melhores cabeceadores, melhores pivôs que eu. Então, eu procuro sair um pouco mais pra fazer tabela, buscar o jogo, marcar um pouquinho melhor o volante", revela.

Tais fatores fazem de Wellington peça muito importante para Rogério Ceni. Além da liderança que exerce, sendo um jogador que tem voz ativa no vestiário e orienta bastante os companheiros dentro de campo.