Tom Barros: Talento de Pedrinho fez a diferença

Foto: Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

No primeiro tempo, correria muita. Ritmo frenético incessante. Oportunidades poucas. Pelo Corinthians, Mateus Vital. Pelo Fortaleza, Roger Carvalho. Quando tudo levava a crer que terminaria no zero, Osvaldo, de cabeça, com o desvio de Manoel, põe o Fortaleza em vantagem (1 x 0). Fim da fase inicial com a esperança de um Fortaleza vitorioso. No segundo tempo, porém, uma verdade: Pedrinho, usando a arte de seu talento, desequilibrou. Em quatro minutos, transformou a derrota numa virada fulminante. Aos 21, o magistral passe dele para Boseli empatar (1 x 1).

Aos 24, ao receber precioso passe de Mateus Vital, Pedrinho põe drible e velocidade. Livra-se da marcação e, com um toque sutil, estabelece o segundo gol do Corinthians. O Fortaleza sentiu o golpe. Quis esboçar reação, mas foi contido pelo Timão que tomou conta do jogo. Daí para o gol de Danilo Avelar foi mera contagem de tempo. Aos 35, o gol da consolidação. Restou a convicção de que, pelo menos na jornada de ontem, o Fortaleza foi um time de um tempo só. O Corinthians, paciente, soube se impor, máxime pela desenvoltura de um garoto chamado Pedrinho.

Passado

Quando se diz que cada partida tem sua própria história, desvinculando-se do jogo anterior, é porque a experiência há mostrado isso nos campos de futebol. O Ceará da bela vitória sobre o Palmeiras não lembrou o Ceará da derrota para o Internacional em Porto Alegre. Diante do Verdão, perfeito. Diante do Inter, limitado.

Presente

O momento do Ceará é de reflexão entre o que melhorou e o que piorou de um jogo para outro. É difícil estabelecer o motivo pelo qual uma peça funcionou bem numa partida e não correspondeu na seguinte, máxime porque diferentes os adversários. Entretanto, é possível, sim, cobrar mais atenção e empenho dos que oscilaram demais.

Futuro

Agora vem o clássico maior. Um Ceará x Fortaleza diferente porque ambos na elite. Saíram da divisa estadual para ganhar importância nacional. No Nordeste do Brasil, apenas o nosso Estado inseriu dois times na primeira divisão. Assumimos destacada posição, antes ocupada apenas pelos estados da Bahia e Pernambuco. Privilégio para poucos, pois.

Marcelo veiga, quando jogador, teve destacada passagem pelo Ferroviário. Depois, como técnico, deu razoável contribuição. Agora retorna como técnico. Tentará a retomada das grandes vitórias do início da Série C. Vem mais experiente e no momento certo. Veiga conhece. Toda esperança coral no trabalho dele.

Não sei o que há com Thiago Galhardo. No Ceará teve início muito bom. Além da convincente participação coletiva, assinalou gols importantes. Já agora parece ter perdido um pouco o ímpeto que o fez admirado pela torcida alvinegra. Como tem qualidade, quero crer que possa logo retomar suas brilhantes atuações.