Técnico do Fortaleza, Vojvoda comenta adaptação, visão de jogo e se declara ao futebol brasileiro

No domingo, o Fortaleza conquistou o bicampeonato da Copa do Nordeste

Legenda: Juan Pablo Vojvoda conquistou o 2° título da carreira sob o comando do Fortaleza Esporte Clube
Foto: Kid Júnior / SVM

Juan Pablo Vojvoda constrói uma história sólida no Fortaleza. O técnico levou o Tricolor ao bicampeonato da Copa do Nordeste no domingo, na Arena Castelão. Em entrevista ao Seleção SporTV, na tarde desta segunda-feira (4), o argentino comentou sobre o processo de impor o estilo de trabalho e de jogo, comentou a adaptação ao Brasil e se declarou ao futebol nacional. 

"Primeiro, eu pensava na adaptação ao chegar no futebol brasileiro, muito rápida, com as competições, jogadores e isso era o que tinha na minha cabeça. Depois, o futebol é resultado, e isso sustenta treinador.  A partir daí trabalhar para impor minha ideia. Isso era algo muito importante, o time foi sustentando uma ideia que toda partida tem de ser igual… Não! Mas se adaptar ao jogo e características do adversário, condição do campo, diferentes características que acontecem dentro do campo, então isso é também, o jogador tem de interpretar”, comentou.

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ESQUEMA DE JOGO

“Eu acho que meio-campo, parte muito importante do time, a pessoa tem que olhar não só os volantes, é todo o time. Que tenha uma intensidade… E quando falo intensidade, não confundir, intensidade não é só de correr relacionado ao físico. Falo de intensidade de ruptura, câmbio de posição… E no meio-campo, eu necessito de muita versatilidade, Estão em uma parte com características importantes, e o jogador brasleiro tem muita qualidade. Eu também considerava (o Zé Welison) um jogador mais defensivo, mas no dia a dia observei que pode cumprir outra função, dar qualidade em muitos aspectos. Necessito explorar ao máximo o que observo no treinamento, então são jovens, Hércules, e olha a personalidade… E se jogar bem, está preparado para jogar com 60 mil pessoas. Isso é no conhecimento do dia a dia e uma competição interna muito forte de volantes. Tem Jussa, Felipe e Ronald, então tenho que escolher”, explicou o treinador.

SENTIMENTO PELO FUTEBOL BRASILEIRO

“Quando cheguei, no primeiro momento ao futebol brasileiro estava muito concentrado no Brasileirão, a Libertadores, conheço Argentina, Chile, e havia escutado falar de estaduais, mas não vivi. A paixão pelo estadual não pode explicar, é a paixão de viver. Assisti São Paulo x Palmeiras, aqui é Copa do Nordeste e estádios são lotados, chegamos na final com mais de 60 mil pessoas, isso é futebol. E a essência do futebol brasileiro é muito legal. Eu compreendo que tem de jogar a cada três dias, e a gente está esperando jogo em todo momento, clássico, times… Acho muito legal essa paixão e que me tocou no viver desse momento”, revelou Vojvoda.

MORADA NO CT

Eu moro no clube, minha senhora está na Argentina e disse que tenho de ficar na casa também. Muitas vezes não digo para ela e fico no clube. Eu tenho minha casa, mas eu gosto de ficar no Pici”, concluiu.