STJD vai julgar Fortaleza por apagão no Castelão e Vojvoda por expulsão na Série A; veja detalhes

Os julgamentos estão marcados para os dias 9 e 10 de agosto, no Rio de Janeiro

Legenda: A torcida do Fortaleza ligou as luzes dos celulares durante o apagão contra o Palmeiras
Foto: Thiago Gadelha / SVM

O Fortaleza Esporte Clube será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em dois processos distintos envolvendo jogos na Série A. Os casos envolvem a expulsão do técnico Vojvoda contra o América-MG e o apagão na Arena Castelão durante partida com o Palmeiras.

Os episódios serão avaliados pela Comissão Disciplinar da entidade em sessão no Rio de Janeiro, nos dias 9 e 10 de agosto. Nos dois dias, o plenário do STJD inicia os trabalhos a partir das 10h.

Acusação contra Vojvoda

O técnico Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, foi denunciado junto ao STJD pelo cartão vermelho recebido no jogo contra o América-MG, no dia 19 de junho de 2022, pela Série A. O processo tem o Art. 258 do CBJD, sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”.

  • Penalização: a possível pena requer suspensão de uma a seis partidas, além de suspensão pelo prazo de 15 a 180, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código.
  • Súmula do árbitro Leandro Pedro Vuaden (RS): “após o árbitro retornar de uma revisão no VAR, onde a decisão de campo não foi alterada, abandonou a sua área técnica para protestar de forma acintosa com gestos se dirigindo até o monitor do VAR. Informo que o referido membro expulso deixou a área normalmente”.
  • Situação: Vojvoda ficou ausente do banco de reservas no jogo seguinte, com o Atlético-MG, no Mineirão, na 14ª rodada. Na ocasião, foi substituído pelo auxiliar técnico Gastón Liendo.

Vojvoda com semblante sério
Legenda: Juan Pablo Vojvoda tem contrato com o Fortaleza até o fim de 2024
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Acusação contra Fortaleza

O Fortaleza foi denunciado junto ao STJD por conta do apagão na Arena Castelão durante a partida com o Palmeiras, no dia 10 de julho de 2022, pela Série A. O processo tem o Art. 211 do CBJD, sobre “deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização”.

  • Penalização: a possível multa, de R$ 100 a R$ 100.000, e interdição do local, quando for o caso, até a satisfação das exigências que constem da decisão.
  • Súmula do árbitro Wilton Pereira Sampaio (Fifa): “aos 44 minutos e 14 segundos do 2º tempo de jogo, a partida foi paralisada em razão de falta de iluminação adequada no estádio. conforme previsto no regulamento geral das competições da CBF, foi aguardado o prazo de 30 minutos para restabelecimento da iluminação. Durante esse período, seguindo orientações do comandante do policiamento, foi solicitado que ambas as equipes aguardassem o tempo previsto em seus vestiários por questões de segurança. Após encerrado o prazo de 30 minutos fomos informados pelo sr. Rogério Nogueira Pinheiro (Secretário de Esporte e Juventude do Estado do Ceará) e responsável pela administração da Arena Castelão, que houve uma sobrecarga elétrica e consequente queda da subestação 01 da Arena Castelão, não havendo previsão de retorno. Dessa forma foi comunicado aos responsáveis das equipes, Marcelo Paz (presidente do Fortaleza) e Anderson Barros (diretor de futebol do Palmeiras), que a partida foi suspensa em definitivo”.
  • Situação: o Governo do Estado do Ceará alegou que ocorreu “uma sobrecarga no sistema de energia e isolou o sistema do estádio, derrubou o sistema de segurança”. A Enel Distribuição Ceará informou “que a energia não retornou ao estádio por um defeito interno no disjuntor geral da Arena”.