Sem público, Fortaleza pode ampliar pontuação fora na Série A

A primeira vitória do Fortaleza na Série A do Campeonato Brasileiro ocorreu fora de casa: 3 a 1 no Goiás, em Goiânia/GO. No cenário de Covid-19, a pressão dos estádios rivais diminuiu sem a presença do público, fenômeno que pode tornar o Leão um visitante mais indigesto na elite nacional.

Na 1ª rodada do Brasileirão, por exemplo, três das seis partidas realizadas terminaram com revés do mandante - 50% dos resultados. Longe de tendência ou regra, o contexto pode indicar equidade entre os clubes, assim como será pior aos acostumados com casa cheia, como o Tricolor.

"Como não tem mais jogo fora e dentro de casa, o que conta é a qualidade do gramado e melhor estudo dos adversários", alerta Rogério Ceni.

Por isso, a somatório de pontos longe da Arena Castelão é importante. Em 2019, a equipe acumulou 31,6% de aproveitamento, com quatro vitórias, seis empates e nove derrotas. O desempenho foi o mesmo do Internacional e deixou o time em 12º no ranking de pontos fora.

Os triunfos ocorreram frente a rivais de mesmo porte e diretos na parte baixa da tabela: Chapecoense (1x3), CSA (0x2), Avaí (1x3) e Goiás (1x2). Também distante dos domínios, o Leão conseguiu empates históricos contra Atlético/MG (2x2) e Santos (3x3).

Bagagem que deixa o Tricolor atento para o duelo com o Corinthians, na quarta-feira (26), às 21h30, em Itaquera. Válido pela 5ª rodada, é oportunidade para se distanciar mais da zona de rebaixamento, uma vez que ocupa a 15ª posição, com mesma pontuação do Flamengo (4), o primeiro time do Z-4.

Reativo para vencer

Em todos os cenários do Brasileirão, a proposta tática foi mantida. Contra o São Paulo, pela 2ª rodada, o time buscou administrar melhor a posse e também criou mais chances de perigo que o adversário. O padrão estatístico se manteve na vitória contra o Goiás, no Estádio Serrinha.

"Eu creio que é possível competir contra o Corinthians. É possível, em um estádio de gramado rápido, escorregadio, bom de se jogar. Ano passado perdemos de 3 a 2 (em Itaquera), mas foi um jogo lá e cá. É uma equipe com valores individuais e um grande treinador, o Tiago Nunes. A gente pode competir melhor como foi com o São Paulo. Temos capacidade e competência para competir com um time mais tradicional", aponta Rogério Ceni.

Dentro das estratégias postuladas, quando o rival tenta ser mais propositivo, cede espaços de contragolpe ao Fortaleza. Assim, favorece os embates de um contra um, característica desenvolvida pelos atacantes tricolores.

Ao atuar em casa, as tendências são mais emergentes, como se atacar fosse mais obrigatório. A receita leonina é esperar para ser agressivo, saber sair da pressão com um time compacto e ser efetivo na chance do gol.