Ronaldinho Gaúcho usa esporte como passatempo e cria amigos na prisão

O ex-jogador foi preso no Paraguai no dia 6 de março e divide uma cela como irmão Assis

Legenda: Ronaldinho agora faz as refeições com os detentos. Antes, se alimentava de comidas de restaurantes
Foto: Foto: divulgação

Na prisão desde o dia 6 de março, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, não apresentam qualquer perspectiva de liberdade no Paraguai. Os brasileiros estão detidos por uso de passaporte falso e dividem uma cela de 18 m² com duas camas, televisão, geladeira e um ar-condicionado. O principal passatempo então é a prática do esporte. 

O ídolo do Barcelona disputa partidas de futsal e futevôlei todos os dias. Desde a implementação da quarentena no presídio, há duas semanas, para evitar a disseminação do novo coronavírus, a prática de atividades esportivas foi ampliada. Agora, os presos podem se exercitar ao ar livre duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde.

"Para compensar a falta de visitas, os detentos gastam o tempo com atividades recreativas e esportivas. Ronaldinho é, sem dúvida, a grande atração desses momentos de lazer. O pessoal, inclusive, costuma bater na porta do quarto dele para buscá-lo para jogar futebol", contou o comissário Blas Vera, chefe da Agrupación.

A relação com os detentos também cresceu nos últimos dias. No início, Ronaldinho não se alimentava junto dos quase 200 presidiários e aguardava refeições trazidas pelo advogados. "Ele manteve a forma de ser, o bom humor e está sempre sorridente. Conversa com os outros presos e ultimamente até come junto com o pessoal no café da manhã, almoço e jantar", explica Vera.

Celular liberado

Por ser um quartel transformado em presídio de segurança máxima, é permitida a entrada de aparelhos celulares no Agrupamento Especializado. Não são, no entanto, os mesmo aparelhos que os brasileiros tinham quando entraram no Paraguai no mês passado. Aqueles telefones foram confiscados.

Os promotores investigam suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro e o conteúdo dos aparelhos é considerado peça-chave.