No futebol, costuma-se chamar pejorativamente de “professor Pardal” os treinadores que muito modificam as equipes. A alcunha é em referência ao personagem do desenho animado “Ducktales”, que era um inventor.
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Se não é um cientista no sentido literal da palavra, Rogério Ceni é, no mínimo, um bom observador. Mesmo tendo um Clássico-Rei e uma semifinal de Estadual pela frente na semana de retorno do futebol cearense durante período de pandemia de coronavírus, o treinador não abriu mão de rodar o elenco e correr riscos de não colher resultados dentro de campo.
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Mas a forma bem definida do Leão atuar taticamente, facilitou o trabalho de Ceni. Foram 24 jogadores testados em menos de seis dias. Foram três partidas disputadas e três vitórias colhidas: 5 a0 contra o Guarany de Sobral, 2 a 1 contra o arquirrival Ceará e 1 a 0 novamente contra o Bugre, pela semifinal do Estadual.
Explicação
Apesar de surpreendente, o treinador explica o porquê das suas escolhas, pautadas em critérios físicos e também técnicos, tendo em vista as competições que tem pela frente, como a Série A.
“O time voltou de uma situação completamente atípica, mas mostra que todos querem jogar, todos querem estar dentro do campo, todos querem fazer o seu melhor. Todo mundo querendo mostrar e a oportunidade está sendo dada. 24 jogadores do nosso elenco participaram desses jogos, quase a totalidade do time. Só o Michel está lesionado, vai ficar um longo prazo fora. Tinga, mesmo lesionado hoje, participou contra o Ceará. A gente está tentando rodar todo mundo que é possível e depois fazer as melhores escolhas enquanto tiver condições de repetir escalação”, explica o treinador.
A questão física também é importante para o treinador, principalmente para prevenir lesões. “Estamos tentando revezar jogadores, tentando rodar elenco para que cada um tenha a mesma minutagem. Nós tentamos utilizar o Osvaldo 60 minutos, vamos ver como ele se recupera. Vamos fazer uma análise para ver o que colocar em campo”, analisou Rogério Ceni.
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