Rafael Nadal se diz 'muito pessimista' sobre a volta do tênis à normalidade

O espanhol mostrou preocupação devido à quantidade de profissionais que uma partida de tênis demanda para acontecer

Legenda: "Nós tivemos um mês e meio muito difícil, com muitas perdas irreparáveis, enquanto outras coisas menos importantes que ainda trarão grande sofrimento para a sociedade", comentou Nadal em live da Federação Espanhola de Tênis
Foto: Foto: AFP

Atual número 2 do ranking da ATP, o tenista espanhol Rafael Nadal afirmou neste domingo (26) estar "muito pessimista" sobre uma volta à normalidade do circuito profissional de tênis após a paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus. O atleta participou de uma "live" da Real Federação Espanhola de Tênis (RFET, na sigla em espanhol).

"Do meu ponto de vista, estou muito pessimista que o circuito possa voltar à atividade normal. No tênis, você precisa viajar toda semana, ficar em hotéis, ir para diversos países. Mesmo se jogarmos sem torcida, para organizar qualquer evento você precisa de muitas pessoas envolvidas, o que não pode ser ignorado. Em nível internacional, vejo um problema sério", explicou Nadal sobre a descrença.

A "live" foi feita com Feliciano López, que também é diretor do Masters 1000 de Madri, Marcel Granollers, Roberto Bautista Agut, Pablo Carreño Busta, o médico da federação e seu médico pessoal, Angel Cotorro (que ficou 17 dias internado por coronavírus), e o diretor de comunicação da RFET, Júlio Nieto.

Nadal também lamentou pelas vidas e empregos perdidos. "Nós tivemos um mês e meio muito difícil, com muitas perdas irreparáveis, enquanto outras coisas menos importantes que ainda trarão grande sofrimento para a sociedade. Eu espero apenas que por alguns meses, em nível econômico. Muitas pessoas vão perder os empregos", comentou.

O espanhol tem ajudado os afetados pela pandemia doando alguns de seus itens pessoais para leilões beneficentes. Além disso, também apoiou a proposta do sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, de criar um fundo de doações para que o Top 100 do mundo ajude os tenistas que estão passando por mais dificuldades.


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