Profissionais de apoio do Fortaleza foram importantes no título

Especialistas em preparação física, fisiologia, análise de desempenho, entre outros, também foram necessários para a campanha vitoriosa do Leão na Série B do Campeonato Brasileiro e continuarão seus serviços em 2019

Os 37 jogadores que o técnico Rogério Ceni utilizou no time do Fortaleza na Série B do Campeonato Brasileiro ficaram bem famosos perante à torcida. A comissão técnica e os dirigentes também ficaram mais populares. Entretanto, há uma turma que trabalhou diuturnamente para que a taça de campeão fosse para o Pici.

Entre os vários profissionais envolvidos na disputa, merecem destaque os analistas de desempenho, Leandro Costa e Rafael Silva, os preparadores físicos Celso Santos e Danilo Augusto e o doutor em fisiologia, Edson Palomares. Eles ficam por trás da cortina do espetáculo do futebol. Não são vistos, mas influenciam em quase tudo, pelo trabalho que realizam nos bastidores.

A complexidade do futebol acabou facilitando a chegada da análise de desempenho, que já se consolidou na Europa e agora se propaga cada vez mais no futebol brasileiro. E o Leão do Pici de há muito contratou profissionais para a área. Leandro Costa e Rafael Silva fazem análise de desempenho e de mercado. "Nós analisamos o desempenho do nosso time nos treinos, nos jogos, analisamos o adversários e passamos todas as informações para o nosso treinador, Rogério Ceni. E ele valoriza muito os dados, que vão em forma de programas de computador, de vídeos, de dados, etc", explica Rafael Silva.

Os analistas utilizam vários equipamentos e, este ano, o clube investiu um pouco mais e adquiriu um drone, com o qual capta imagens aéreas dos treinos no CT Ribamar Bezerra e no Alcides Santos. "O Leandro criou uma base de dados de jogadores, com características, estatísticas dos mesmos e nós apresentamos ao Rogério para ele decidir com a diretoria a contratação ou não dos mesmos, no início da temporada", disse Rafael Silva.

Foram filmados 215 treinamentos em 56 jogos do Leão.

Outro profissional de grande importância na campanha foi o fisiologista Edson Palomares. Ele também utiliza vários equipamentos, com os quais mede frequência cardíaca dos jogadores, orienta a agenda de treinos baseado em relatórios dos jogadores, detecta riscos de lesões antes que aconteçam, mede a performance dos jogadores em campo, etc.

"Eu fico feliz porque o nosso treinador gosta muito da fisiologia e respeita os nossos dados", disse Palomares.

O fisiologista monitora os treinos e já fez a até um cálculo de quantos quilômetros o Fortaleza vai percorrer em viagens na Série A: 125 mil quilômetros, o que causa desgaste no elenco. "Teremos 135 horas de voo, o que rouba tempo para treinos, mas vamos nos superar", disse Palomares.