Personagens relembram festa do título da Copa do Nordeste

Ex-técnico Silas Pereira e lateral-direito Samuel Xavier contam como foi o dia da final contra o Bahia

Legenda: Silas Pereira treinava o Ceará no título da Copa do Nordeste
Foto: Bruno Gomes

A conquista ficará marcada na memória não somente dos torcedores do Ceará, mas de todos que fizeram parte daquele título. Jogadores, comissão técnica e todos os integrantes do clube naquele ano passaram a viver o dia 29 de abril de forma diferente. Não poderia ser diferente. As lembranças construídas trazem felizes recordações, sobretudo no que diz respeito ao torcedor.

"O clima daquela noite era de muita responsabilidade e expectativa. A gente preparou bem o time e sabíamos que a gente ia ter nossa torcida empurrando o time e lotando o Castelão. O que me marcou e até mudou minha preleção foi a rua de fogo da torcida. Eu não tinha vivido aquilo no Ceará", relembra o então técnico Silas, atualmente comentarista dos canais ESPN, em entrevista à TV Verdes Mares.

A recordação foi marcante também para o lateral-direito Samuel Xavier, um dos poucos que ainda permanecem no elenco do Alvinegro. "Foi muito bacana esse título que o torcedor alvinegro guarda no coração com muito carinho. Eu lembro da concentração até o Castelão, a rua de fogo, aquelas luzes da nossa torcida. Então, dentro do ônibus, a gente já começou a sentir que o título era nosso", relembra o lateral, que deu assistência para o gol de Ricardinho, na vitória por 1 a 0 no jogo de ida, em Salvador.

O gol que selou o título foi marcado por um herói improvável. Discreto e sem badalação, o zagueiro Gilvan escreveu seu nome na história do clube. "O professor Silas pediu que a gente fizesse nosso melhor e fossemos pra cima do Bahia, porque a gente tinha uma grande equipe. E foi o que fizemos. Foi uma loucura, grande festa, e fico muito feliz de ter feito o gol do título. Zagueiro fazer gol, e numa final ainda, é muito difícil. Fico muito feliz", recorda o defensor, atualmente no Atlético/GO.