Osvaldo reafirma seu papel como peça-chave no ataque do Fortaleza

O atacante de 33 anos volta ofensivo pelo Leão com o gol diante do Grêmio na rodada passada da Série A. Sempre poupado no 2º tempo por Rogério Ceni, o atleta não aparenta estar próximo de uma queda técnica pela idade

Legenda: Osvaldo é homem de confiança do técnico Rogério Ceni. É arma para os extremos do Fortaleza devido à sua velocidade
Foto: KID JUNIOR

Enfim, Osvaldo desencantou pelo Fortaleza após a paralisação do futebol. O gol que abriu o marcador contra o Grêmio na 10ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro foi o 1º do atacante após mais de sete meses. A última vez que balançou as redes foi em fevereiro (Fortaleza 5 x 0 Atlético/CE, pelo Campeonato Cearense), quando marcou dois gols após entrar no 2º tempo. Porém, o desempenho recente do Camisa 11 reitera sua importância na equipe titular do Tricolor.

Osvaldo é a principal arma tricolor pelos extremos, responsável pela maioria dos contragolpes e pelo drible que desarticula a defesa adversária no terço final. Contra o Flamengo, sofreu pênalti de Isla durante avanço na área pela esquerda. No mesmo jogo, ajudou a cobrir as subidas do chileno pela direita, mostrando consciência coletiva também na fase defensiva.

Desgaste preocupa

Rogério Ceni demonstra uma preocupação com a minutagem do atacante, que aparenta não ficar feliz quando sai de campo. A atenção é necessária pela idade (33 anos) e pela maratona de jogos. Em 2020, apenas em dois duelos o Camisa 11 não foi substituído: contra o Náutico e o Santa Cruz, ambos antes da paralisação, pela Copa do Nordeste.

"Me sinto muito bem fisicamente e ainda melhor no geral, porque agora tenho a maturidade a meu favor. Antes eu tentava ir para cima em todas as oportunidades, mas tem momentos do jogo, principalmente quando não estou no mano a mano, que é mais importante para a equipe que eu trabalhe a bola, mantenha a posse, do que tente a jogada individual", afirmou Osvaldo na coletiva depois da partida contra o Grêmio.

Enquanto no extremo direito, Romarinho flutua mais pelo meio para abrir o corredor ao lateral, o Camisa 11 com frequência recebe sozinho no ataque, sem o apoio de Bruno Melo ou de Carlinhos no tempo certo para pegar a defesa do oponente mais aberta.

A confiança de seus companheiros em sua habilidade no último terço do campo rende muitas chances ao Leão do Pici. Enquanto Osvaldo prepara o drible contra o defensor, os outros atacantes já se posicionam dentro da área à espera de um passe que quase sempre ocorre.

"Contra Flamengo e Grêmio, acabou que tivemos naturalmente mais espaço pelo fato de serem duas equipes muito ofensivas e que estavam jogando em casa. Recebi mais bolas no mano a mano e as chances surgiram com mais frequência. Mas, na maioria das vezes, os adversários dobram a marcação e aí a gente precisa trabalhar melhor a bola para que ela chegue em uma condição mais favorável. Isso é algo que vai fluindo com mais naturalidade com o passar do tempo", ressaltou o atleta tricolor.

O duelo contra o Internacional, a 4ª equipe que mais mantém a posse de bola no Campeonato, promete permitir os espaços dos avanços do lateral para Osvaldo se beneficiar. O Camisa 11 é uma constante no Fortaleza e demonstra estar longe de perder o ritmo.

A partida contra o Colorado será no próximo sábado (19), a partir das 19 horas, na Arena Castelão, válida pela 11ª rodada do Brasileirão.