Comentei ontem na Verdinha ao lado de Dênis Medeiros, a final da Taça Rio. Deu gosto de ver uma equipe jogar e essa equipe não foi o Flamengo.
O time que mais encanta com sua forma sufocante de “amassar” os adversários, é o Rubro-negro carioca. Tenho vontade de assistir todos os seus jogos. Porém, parece que esse sucesso está subindo a cabeça de todos que fazem parte do clube. Da diretoria aos torcedores.
Querendo ganhar infinitamente mais que os rivais, brigando por todos os direitos de transmissão, passando por cima do bom senso, enfim. Isso tem tirado o respeito adquirido dentro de campo, dando lugar a antipatia de todos, formando uma espécie de aliança contra o melhor time da América do Sul.
Ontem a atmosfera criada em volta do Fla x Flu, deu a impressão que todos vestiram a camisa do Fluminense, em uma espécie de apoio ao “mais fraco”, para conseguir derrubar um gigante poderoso.
E toda essa birra criada nos bastidores, parece ter surtido efeito dentro de campo. O Fluminense fez o jogo perfeito. Odair Hellmann deu aula em Jorge Jesus, pelo menos por uma noite. Armou o time impecável no sistema defensivo, preciso no contra-ataque. Mas, contra o Flamengo atual, não basta o jogo perfeito. É preciso o acaso do futebol também jogar a favor. O Fla não estava em uma de suas noites mais inspiraras e mesmo assim, dificilmente passa um jogo em branco.
Pedro entrou no lugar de Arrascaeta e logo em seguida empatou o jogo que era vencido pelo Flu, até mais da metade do segundo tempo. Sem pernas, o que era absolutamente normal, só restava ao tricolor das laranjeiras, se segurar e levar para os pênaltis, enquanto via entrar no adversário: Michael, Diego, Vitinho...
É abissal a diferença técnica entre os times. Mas na noite de ontem, o futebol aprontou das suas. Nas penalidades, a estrela de Muriel brilhou mais que a de Diego Alves, a experiência de Nenê valeu mais que a de Rafinha, e o Fluminense parece ter dado alegria a todos que não são flamenguistas, fazendo o futebol respirar!
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