Jogadores do Náutico se posicionam contra prisão de massagista do time

De acordo com a Polícia Civil, ele é suspeito de ter assaltado um ônibus em 25 de dezembro de 2018, o que é negado pela defesa

Legenda: De acordo com a esposa, o jovem só soube do processo quando foi capturado, já que não tinha sido intimado ou comunicado. Na ocasião, ela informa, ele foi pego de surpresa, e não entendeu por que foi detido
Foto: Reprodução/Instagram

Os jogadores do Náutico se posicionaram contra a prisão do massagista do time, Paulo Mariano, 27, que aconteceu no dia 24 de fevereiro, no CT Wilson Campos, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, em Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, ele é suspeito de ter assaltado um ônibus em 25 de dezembro de 2018. A defesa nega e alega que o jovem foi preso por engano. À época, ele trabalhava no Sport.

Atletas do clube demostraram solidariedade ao rapaz e postaram nas redes sociais as hashtags #LiberdadeParaPaulo e #PauloTrabalhador.

Jean Carlos, Jefferson e Kieza, além de alguns ex-jogadores do Náutico, como Jorge Henrique, publicaram na internet fotos e mensagens de apoio para Paulo Mariano. O técnico Hélio dos Anjos também fez o mesmo.

Desde 24 de fevereiro, o jovem está no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), que fica localizado em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

Entenda o caso

Segundo o advogado Fernando Coelho, que representa a defesa do massagista com a advogada Virgínia Kelle, Paulo Mariano não participou do assalto ao ônibus mencionado. O jovem foi confundido com outra pessoa.

Os advogados informam ainda que quatro pessoas participaram da ação, sendo três maiores de idade e um menor de 18 anos. Este teria dito à Polícia Civil que um dos partícipes tinha o mesmo nome do massagista.

A defesa sustenta que no dia em questão, Paulo Mariano estava junto com a família comemorando o Natal. Na data, inclusive, ele publicou fotos com a esposa e com familiares na internet, o que os parentes confirmam.

Fernando Coelho e Virgínia Kelle garantem ainda que o homem que aparece nas imagens que foram anexadas ao processo não tem semelhança com o massagista, mesmo que este tenha sido reconhecido pelas vítimas.

Pego de surpresa

De acordo com a esposa, o jovem só soube do processo quando foi capturado, já que não tinha sido intimado ou comunicado. Na ocasião, ela informa, ele foi pego de surpresa, e não entendeu por que foi detido.

No dia seguinte à detenção, os advogados de Paulo Mariano entraram com um pedido de revogação da prisão e liberdade provisória para ele, que foi negado pelo Poder Judiciário.

Já no dia 28 de fevereiro, a defesa entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que ainda não foi julgado. Os dois advogados interpretam que há, sim, fundamentação jurídica para que a liberdade dele seja concedida.