Cidade do México. 1970. A nação brasileira vive hoje um grande estado de ansiedade generalizada no que pode ser a maior conquista mundial brasileira. O jogo de hoje, contra Itália, às 16 horas, com transmissão da Rádio Verdes Mares, pode valer o tricampeonato mundial e de quebra a posse da Taça Jules Rimet em definitivo, colocando o futebol brasileiro como o maior vencedor da história deste esporte até o momento.
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Foi uma grande jornada até hoje e que orgulhou os 90 milhões de brasileiros. A equipe nacional, apesar de alguns percalços e de sair atrás do placar em alguns jogos (assim foi na partida passada contra o Uruguai e Tchecoslováquia), se mostrou plena em campo e venceu a todos que enfrentou. Foram 15 gols marcados em cinco jogos (média de três por partida) e seis sofridos.
Nesta segunda fase, com a volta de Gérson e Rivellino, o time mostrou todo seu esplendor técnico ao bater categoricamente os vizinhos celestes e os peruanos. A estratégia de Zagallo, moderna, mostrou um time que atacou com muitos jogadores e que defendeu também com todos eles. Até mesmo o Rei Pelé pressionou os defensores adversários na zona de meio campo. As ultrapassagens de Carlos Alberto também são outro ponto inovador desta Seleção.
Nos pés e na cabeça de Pelé residem as esperanças brasileiras. Mas não só dele. Tostão, um Camisa 9 que sai para buscar o jogo e também cria jogadas, dá espaço para Jairzinho mostrar potência e velocidade acima da média para os jogadores de nossa época.
A Squadra Azzurra, por sua vez, cresceu na segunda fase, após uma primeira fase bem oscilante, quando venceu apenas um jogo (1 a 0 contra a Suécia). Despacharam os donos da casa e fizeram partida contra Alemanha Ocidental (do artilheiro Gerd Müller), na semifinal, que será lembrada para sempre e pode ser considerada uma das maiores da história das copas: 4 a 3 na prorrogação, dos quais cinco gols saíram no tempo extra.
Ficha técnica
Final da Copa do Mundo de 1970
Estádio Azteca (MEX)
Hoje, às 16 horas
Brasil
Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Tostão, Pelé e Jairzinho. Técnico: Zagallo
Itália
Albertosi, Burgnich, Roberto Rosato, Cera e Facchetti; Bertini, Domenghini e Sandro Mazzola; De Sisti, Riva e Boninsegna. Treinador: Ferruccio Valcareggi
Árbitro: Rudi Glöckner (Alemanha Oriental)
Auxiliares: Rudolf Scheurer (Suíça) e Ángel Norberto Coerezza (Argentina)
Transmissão: Rádio Verdes Mares, às 16h. Reprise no domingo às 13h