Depois do boicote dos jogadores do Milwaukee Bucks, a suspensão de outras partidas da NBA e outras ligas, árbitros realizando uma marcha dentro da bolha em Orlando, foi a vez de funcionários da própria NBA entrarem em greve. Eles pedem que mais ações sejam tomadas contra o racismo sistêmico e a brutalidade policial nos Estados Unidos.
Ao todo, são cerca de 100 funcionários baseados em Nova York e Nova Jersey, que mandaram uma carta para Adam Silver, comissário da liga, e Mark Tatum, vice-comissário titular e diretor de operações da NBA, onde afirmam:
"Acreditamos que a NBA, sua liderança, e o Conselho de Dirigentes de maneira inequívoca têm o poder de fazer mais para abordar e combater diretamente a brutalidade policial e o racismo sistêmico neste país", diziam na carta os funcionários.
"Reconhecemos e damos o crédito por tudo que a NBA já fez. Mas temos o poder de causar um impacto maior. A NBA não fez o suficiente de forma proativa, e deixou tudo muito em cima dos jogadores. Entendemos que somos um negócio, mas os medos de perdermos lucro e anunciantes não podem nos fazer ignorar o choro dos homens, mulheres e crianças negras que continuam sendo oprimidos nas mesmas comunidades onde jogamos", completaram.
Adam Silver então mandou uma carta para os funcionários, onde afirma:
"Apoio de todo o coração os jogadores da NBA e WNBA e seu compromisso de iluminar questões importantes de justiça social".
Depois de rumores sobre a paralisação do mata-mata, os atletas decidiram nesta quinta que vão seguir com os playoffs da liga americana, com os jogos retornando neste sábado.O ato fez com que ligas como a MLS (futebol), WNBA (basquete feminino) e MLB (beisebol) suspendessem partidas também.
Na reunião onde tomaram a decisão nesta quinta, os atletas exigiram que os proprietários sejam proativos na luta por justiça social. Eles querem que sejam criadas ações e não simplesmente compromissos financeiros. Eles anunciaram um plano de ação direta que inclui um impulso para a responsabilização da polícia, registro de votos e apoio ao projeto de lei George Floyd.