Fortaleza oscila na Série A, mas tem campanha melhor que a de 2019

O time tricolor soma mais pontos que na última temporada, após 25 partidas. No Brasileirão, manteve-se longe da zona de rebaixamento na maior parte e entrou em briga pela Sul-Americana. Desafio atual é voltar a vencer no torneio

Legenda: O Fortaleza tem 30 pontos após 25 jogos, ocupando a 13ª posição na elite
Foto: divulgação / Fortaleza

O Fortaleza teve uma 25ª rodada complicada na Série A. Para além da derrota frente a um concorrente direto, perdeu posição para três equipes (Corinthians, Bragantino e Atlético-GO) e agora ocupa a 13ª colocação, com 30. As circunstâncias são adversas, mas estão longe de um cenário extremo: o time tricolor segue com melhor campanha que na temporada de 2019.

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Após o mesmo índice de partidas, naquela edição da competição o Fortaleza somava 28 pontos. O sistema ofensivo atual é inferior por três gols (27 x 24), mas a defesa apresenta evolução (34 x 23). No saldo, agora existe 1, enquanto havia 7 naquela edição.

A arrancada no segundo turno do Brasileirão, com classificação para a Sul-Americana, está na história leonina, mas sempre foi tratada como o bônus no trabalho da gestão. Do grande objetivo - a permanência na elite nacional - a equipe beirava a zona de rebaixamento (15º) naquele período.

Legenda: Wellington Paulista é o artilheiro do Fortaleza na temporada com 12 gols
Foto: divulgação / Fortaleza

Com maior bagagem na 1ª divisão, o discurso se mantém. A principal diferença em 2020 é conseguir se distanciar bastante do Z-4 e, por vezes, firmar briga por uma vaga internacional. Pelo desempenho apresentado em momentos distintos do Campeonato Brasileiro, a equipe foi tratada como sensação e, de fato, pareceu com recursos para ampliar a própria ambição.

Tudo culmina com a expectativa entregue ao torcedor, mesmo longe do planejado. A ausência de resultado recente então liga o alerta para o futuro, mas tem margem no alicerce construído.

Da caminhada regular até o momento, a sequência de encerramento de 2020 é difícil: Clássico-Rei (20/12) e Flamengo (26/12). Os resultados recentes contribuem para o cenário, e o desafio envolve transformar desempenho em vantagem nas partidas.

Ausência de vitórias

Para subir na tabela, por exemplo, a solução viável é vencer. E o Fortaleza soma apenas um triunfo nos nove jogos anteriores: contra o Botafogo, fora de casa, por 2 a 1, pela 22ª rodada. 

No recorte mais recente, significa jejum de três exibições. Com Marcelo Chamusca no comando, o aproveitamento após seis jogos é de 33,3%: uma vitória, duas derrotas e três empates.

O cenário intensifica a necessidade de recuperação imediata. Diante de Ceará e Flamengo, no 1º turno, o time tricolor sofreu revés nas duas ocasiões.

“Ganhar o Clássico-Rei é uma necessidade natural, um campeonato à parte (com o Ceará). Independentemente da condição na tabela ou sequência de jogos, é importante e nós só pensamos em vencer. Sei o quão importante é o jogo, e continuar na semana corrigindo, e o campeonato vai ser o jogo de domingo”, explicou o comandante.

Na competição, o Leão registrou sete resultados positivos: Bragantino, Sport, Internacional, Atlético/MG, Palmeiras, Goiás e Botafogo. A conta requer retorno de pontos desperdiçados em sequência em casa, como nos empates com o time goiano e o Corinthians.

A última vitória na Arena Castelão foi 2 a 0 para o Palmeiras, em 18 de outubro. Como mandante, a equipe está em 12º, totalizando aproveitamento de 52,8%. Apesar da ausência de público, o retrospecto é superior ao ser comparado com o de visitante, em que o time conquistou 28,2% da pontuação em disputa.