Fórmula 1: decisão sobre venda de ingressos para GP de São Paulo será em maio

A prova está marcada para o dia 7 de novembro no Autódromo de Interlagos

Legenda: A Fórmula 1 é a principal modalidade automobilística do mundo
Foto: Carl de Souza / AFP

A organização do GP de São Paulo de Fórmula 1 adiou para o mês que vem a definição sobre a possibilidade da venda de ingressos para a prova, marcada para 7 de novembro. Em vez de iniciar a comercialização em março, como nos últimos anos, os promotores preferiram aguardar e avaliar o cenário da Covid-19 no Brasil.

Os responsáveis pela prova têm rascunhado a organização com diferentes cenários, inclusive sem torcedores. A escolha no momento é avaliar em maio se os números relativos à pandemia no País apresentam melhora, com a estabilização da curva do número de casos e uma projeção de aumento na quantidade de imunizados.

A empresa promotora da prova, a MC Brazil Motorsport, preferiu não comentar o assunto. A definição sobre a venda de ingressos e a organização do GP depende de cada organizador local. A Fórmula 1 não interfere nessas questões individuais. Em alguns outros países, a categoria já realizou corridas com a presença de público. Um exemplo disso foi o GP do Bahrein, no fim de março.

O autódromo de Interlagos não recebeu a Fórmula 1 no ano passado porque a categoria cancelou a vinda para as Américas. A decisão foi tomada por causa da pandemia. Foi a primeira vez desde 1973 que o Brasil ficou fora do calendário oficial do campeonato. Para 2021, a posição da categoria até o momento é que a prova em São Paulo não corre qualquer risco de cancelamento.

Contrato

Multidão em autódromo de Interlagos
Legenda: O autódromo de Interlagos tem público médio de 150 mil pessoas na Fórmula
Foto: Mauro Pimentel / AFP

contrato responsável por assegurar a realização do GP em São Paulo pelos próximos cinco anos é alvo de questionamentos da Justiça. O juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou em janeiro a suspensão do contrato feito pela Prefeitura com a promotora do evento. O motivo principal é o fato de a empresa receber dos cofres públicos R$ 100 milhões.

Procurada para comentar o caso, a Prefeitura não retornou o contato até o fechamento desta reportagem. A MC Brazil preferiu não se manifestar o assunto. Ambas recorreram e conseguiram no último mês derrubar uma exigência feita pela Justiça para que a promotora do GP fizesse um depósito como garantia no valor de R$ 20 milhões para autorizar a execução do contrato.

A suspensão foi tomada após o vereador Rubinho Nunes (Patriota) mover uma ação. Nunes afirmou que para o acordo ser liberado, será preciso o poder público explicar melhor os motivos da utilização de recursos em um evento privado.


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