Filhos do tetra: Ceará e Fortaleza têm Romários no elenco em homenagem ao “baixinho”

Estado também é o 5º do Brasil em número de pessoas como o nome do artilheiro

Legenda: Romário foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1994, com cinco gols na competição
Foto: Foto: divulgação

É incontestável: Romário foi o cara da Copa de 1994. Artilheiro do Brasil com cinco gols, o “baixinho” ainda entrou para a seleção do torneio e recebeu a Bola de Ouro do Mundial, prêmio equivalente ao melhor jogador da FIFA.

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O destaque foi tamanho que o atacante deixou uma legião de Romários espalhados pelo País. Segundo Censo Demográfico do IBGE de 2010, o nome foi registrado por 59.881 pessoas. O grande momento, no entanto, foi mesmo na década de 90, quando 66% dos recém-nascidos eram xarás do artilheiro.

Nascido no Rio de Janeiro e ídolo no país, o atacante tem no Ceará um dos maiores redutos de fãs. O Estado é o 5º com mais Romários no Brasil, representando 7% do todo e ultrapassado apenas por: Bahia (15%), Minas Gerais (10%), São Paulo (7,8%) e Maranhão (7,7%).

Romários no Clássico-Rei 

No ano que o tetracampeonato mundial brasileiro completa o 25º aniversário e o Clássico-Rei volta a ser disputado na Série A do Brasileiro, as equipes de Ceará e Fortaleza apresentam um Romário no elenco. Além do nome, o curioso é que ambos são atacantes de origem.

Legenda: Revelado na base alvinegra, Romário integra o elenco principal comandado pelo técnico Enderson Moreira
Foto: Foto: JL Rosa / SVM

Pelo Vovô, Romario Marques Rodrigues é quem carrega o fardo. Nascido dois anos antes da Copa do Mundo dos Estados Unidos, o jogador sabe que o nome foi uma homenagem ao “baixinho” e revelou ser cobrado por isso.

“A gente carrega um pouco desse peso e todo mundo fala que ‘se tem o nome dele tem que jogar igual’. É um nome muito forte, pesado, sempre lembram dele”, declarou o atleta, que é um dos centroavantes do plantel alvinegro.

Legenda: O atacante chegou ao Fortaleza em 2018
Foto: JL Rosa / SVM

Já no Fortaleza, uniram o útil ao agradável. O ataque tricolor carrega o nome e ainda é diminutivo: Romarinho. Nascido no ano em que o Brasil foi tetra, José Romário Silva de Souza tem o atacante da seleção brasileira como ídolo e sabe que o oficial é o de 1994.

“Lembro que ele sempre foi decisivo nos clubes por onde passou. É o melhor atacante que eu vi jogar e a gente que é jogador se espelha um pouco nele, mas ele é o único que existiu no Mundo”, finalizou.

O Leão ainda traz um atacante que é Romário, mas não na identidade. Jogando nas categorias de base, Francisco Gouveia, de 20 anos, ganhou o nome do atacante como apelido pelo número de gols e passou até a ser chamado de “baixinho” pela família.

“Eu treinava na escolinha do Fortaleza e, com nove anos de idade, o treinador me apelidou de Romário porque eu era baixinho e comecei a fazer gols, uns até bonitos. Ele achou as características parecidas com o Romário e, até hoje, onde chego viro Romário. Até meus pais me chamam de Romário”, explicou.

Os Romários voltam a campo neste fim de semana. No sábado (20), o Ceará encara o Palmeiras às 16 horas, na Arena Castelão. Enquanto o Fortaleza joga domingo (21), diante do Atlético/MG, no mesmo horário, no Independência. As partidas são válidas pela 11ª rodada da Série A do Brasileiro.