Em grande fase, Ferroviário tira lições do empate na Arena Castelão

Tubarão da Barra vencia com um atleta a mais, mas sofreu empate do Manaus, no último domingo. Melhor ataque da competição, o time coral é o líder da Série C e tem pela frente duelo com o Jacuipense/BA, fora de casa

Legenda: Ferroviário tenta se recuperar na Série C
Foto: Thiago Gadelha

O Ferroviário atravessa grande fase na Série C do Campeonato Brasileiro: líder do Grupo A, melhor ataque (11 gols), segundo defesa menos vazada (três gols) e três jogos de invencibilidade. Apesar do momento, o cenário é de reflexão no time coral após empate com o Manaus, em 1 a 1, dentro de casa.

A frustração existe porque o Tubarão da Barra vencia por 1 a 0, tinha um atleta a mais, dominou as ações, mas sofreu gol no final, em pênalti cometido após o goleiro Nícolas defender uma cobrança. O discurso é de maior sabedoria nos diferentes contextos da partida: a equipe desperdiçou um triunfo.

"Quando estava ganhando o jogo de 1 a 0, demonstrou imaturidade. O placar de 1 a 0 são três pontos, e o time adversário fechou as duas linhas de quatro atrás esperando só um contra-ataque. A gente permitiu e virou o pênalti", lamenta o técnico Marcelo Vilar, que acreditava em cenário melhor para o Ferrão.

As estratégias são montadas para uma postura ofensiva no 4-3-3. Desde a chegada da nova comissão técnica, o time assumiu filosofia proativa, com velocidade pelos lados, seja em Wesley ou Siloé.

Por isso, fez mais de um gol em três das cinco partidas que fez, sempre com organização e intensidade.

Faltou paciência

Contra o adversário deste domingo (6), o panorama tinha elementos para ser novamente favorável. Mas a incessante busca pelo placar culminou com espaço e uma investida fatal no marcador. A compactação se desfez e a ocupação ofensiva foi frustrada pelas chances perdidas.

"Depois que saímos na frente deveríamos ter mais paciência. Erramos de novo, como no Remo (derrota por 2 a 1). Se a gente fosse só agredir, o adversário com um jogador a menos, que fica com as linhas baixas jogando no último terço do campo deles, essa superioridade não acontece. Tivemos as chances para matar o jogo e acabamos nos complicando", analisa Vilar.

A lição é de cuidado, mesmo ao ter atributos técnicos, táticos e físicos melhores. O próximo adversário é a Jacuipense, no Estádio Pituaçu, em Salvador, na Bahia, às 20 horas da segunda-feira (14).

Há tempo para ajustar as ações adotadas em campo e substituir as ausências definitivas: a lesão muscular do lateral-direito Gabriel Cassimiro e a expulsão do esquerdo Tiago Costa, ambos desfalques no duelo.