O Equador teme um novo surto de Covid-19 devido ao descumprimento das medidas de biossegurança na partida entre sua seleção e a do Brasil, válida pelas eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar-2022. O temor foi declarado, nesta sexta-feira (28), pela a ministra da Saúde, Ximena Garzón.
"Havia mais pessoas, as medidas de biossegurança e o distanciamento não foram respeitados, então pode haver um novo surto", afirmou Garzón a repórteres durante a apresentação de equipamentos adquiridos para pesquisar as variantes do coronavírus.
A ministra ressaltou que em outras partidas o público cumpriu o protocolo de biossegurança imposto pela Federação Equatoriana de Futebol (FEF), mas "é uma pena que isso não tenha se refletido agora".
Relaxamento das medidas
Em princípio, o Comitê Nacional de Operações de Emergência (COE) havia decidido proibir a entrada de torcedores no duelo que terminou em 1 a 1 e manteve o Equador em terceiro lugar nas eliminatórias com 24 pontos.
No entanto, após insistência da FEF e um pedido do presidente Guillermo Lasso, o órgão responsável pela gestão da pandemia decidiu permitir uma lotação de 50% no estádio Rodrigo Paz Delgado.
O prefeito de Quito, Santiago Guarderas, concordou com a ministra da Saúde. Por meio de sua conta no Twitter, ele destacou que na operação de controle dentro do estádio "foi verificado o descumprimento das medidas de biossegurança".
A FEF, por sua vez, sustentou que respeitou a capacidade estabelecida. Em imagem divulgada na mesma rede social, a entidade indicou ter contabilizado 17.156 ingressos. O estádio Rodrigo Paz Delgado tem capacidade para cerca de 42 mil pessoas.
Com 17,7 milhões de habitantes, o Equador registra mais de 717.000 casos de Covid-19 (4.051 casos por 100.000 habitantes) e 34.489 mortes.
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