Cearense Artur Silva e paulista Júlia Santos são os campeões no Surfe

Na etapa disputada em Ubatuba, Artur precisava apenas avançar na primeira bateria, mas acabou perdendo em sua estreia, sendo campeão após queda de concorrente na semifinal, enquanto Júlia foi campeã após decidir a etapa

Legenda: O cearense Arthur Silva está com 29 anos e se sagrou campeão nacional no surfe
Foto: FOTO: MUNIR EL HAGE / Divulgação

O cearense de Fortaleza, Artur Silva, e a paulista de Santos, Júlia Santos, são os campeões brasileiros de surfe profissional 2019. Os dois garantiram as conquistas no HD apresenta Surf Trip CBSurf Pro Tour, a terceira e última etapa do Circuito da Confederação Brasileira de Surfe, encerrada no último domingo (8), na Praia Grande, em Ubatuba, litoral norte de SP, que teve como vencedores o pernambucano radicado no Rio de Janeiro, Douglas Silva, e a paranaense de Matinhos, Jessica Bianca.

Com ondas pequenas, a competição chegou a ser interrompida por mais de duas horas para que as condições melhorassem e as decisões foram "recheadas" de emoção. No masculino, Artur comemorou o título da areia, depois que o catarinense Luan Wood perdeu na semifinal.

Já entre as mulheres, a disputa foi mais acirrada e definida somente na finalíssima entre Júlia, única atleta (tanto no masculino quanto na feminina) a chegar na final das três etapas este ano, e Camila Cássia, competindo "em casa".

"Foi tenso demais. Estava ansioso desde cedo. Eu não consegui surfar o que queria, pelas condições do mar, mas estou feliz. É o resultado do trabalho do ano todo e isso foi tudo graças a Deus", vibrou Artur. "Esse título representa muito. Minha família, meus amigos sabem o quanto eu me dedico. Para o meu Estado também foi muito importante e agora levo mais uma conquista para o Ceará", disse o surfista da Praia do Futuro, que está com 29 anos.

Artur chegou a Ubatuba em grande vantagem e só precisava avançar uma bateria, mas perdeu em sua estreia, ficando em 17º lugar dando a chance de Luan Wood ser campeão, caso vencesse a etapa. O surfista de Santa Catarina chegou à semi e terminou em quinto lugar, não avançando por menos de meio ponto. Já campeão, ele fez questão de lembrar quem mais o incentivou. "Meus pais me ajudaram muito e meu padrinho de surfe é o Adillton Mariano, me deu prancha, pagava minhas inscrições. Eles fazem parte desse título", ressaltou o cearense Artur Silva.

Na final, Douglas Silva, com um 7,5, fez a diferença. O catarinense Alex Lima chegou próximo, com o paulista Robson Santos e em quarto, Tiago Silva, que teve a melhor nota do evento, 8,5, ainda nas quartas de final. "Quero agradecer a Deus, aos meus patrocinadores e muito a Silvana Lima, que está me dando uma grande força no Rio de Janeiro, uma grande estrutura, sem esquecer uma pessoa muito especial, a minha namorada, sempre comigo", festejou o competidor de 21 anos.

Feminino

A nova campeã brasileira, Júlia Santos, também falou da emoção e alegria de chegar ao primeiro título profissional. "Era um título que eu sonhava desde que comecei a surfar. Não tenho como descrever esse sentimento. Quero agradecer muito a Deus, porque passei por umas situações difíceis, me lesionei, fiquei na dúvida se ia conseguir, e Ele foi tão bom que mudou a data do campeonato e deu tempo para me recuperar", comemorou a surfista de 21 anos.

"Quero dedicar o título para a minha mãe, que sempre me apoiou, para a toda a minha equipe, principalmente o meu técnico Pedro Souza", agradeceu a atleta, beijando a tatuagem no braço que tem o nome de sua mãe, Iolanda. "Ela é guerreira", elogiou. "Eu acreditei até o fim, sabia que ia ser difícil, por ter a Camila, mas em nenhum momento me intimidei. Sabia que ela só não podia vencer o campeonato. Quando vi que a Jessica tirou um 6, fiquei mais confortável", contou.

Na disputa pelo título, Tais Almeida, de Saquarema, chegou como líder, mas perdeu logo na estreia, ficando em nono lugar, deixando a disputa para Júlia e Camila Cássia. Na final, a surfista de Ubatuba saiu na frente, mas Jessica virou de terceiro para primeiro com uma nota 6,17 e se manteve na ponta até o fim.


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