Ceará: dois elencos e rodízio nas folgas; os planos para enfrentar a maratona de 2021

A comissão técnica administra o grupo com cuidado para se manter competitivo ao longo do ano

Legenda: Guto Ferreira disputará, pelo Ceará, cinco competições ao longo da temporada 2021
Foto: Thiago Gadelha/SVM

O Ceará protagonizou uma temporada histórica em 2020, com classificação às quartas da Copa do Brasil, título da Copa do Nordeste e a 11ª posição na Série A - garantindo vaga na Sul-Americana. A ambição para o novo ano é superar os feitos recentes e ser novamente competitivo. E um desafio é o mesmo: a maratona de jogos do calendário.

O cenário é antecipado pela comissão técnica desde a reta final do Brasileirão, quando oito titulares receberam período de férias, a exemplo do meia Vina e do zagueiro Luiz Otávio. As primeiras partidas foram disputadas com remanescentes do grupo, atletas do grupo de Aspirantes e reforços.

A estratégia faz parte do processo de maturação do elenco. A expectativa é conseguir dar ritmo e, em paralelo, evitar a fadiga com a sequência de atuações para ter o melhor disponível nos momentos chave do ano, como a Copa Sul-Americana.

Legenda: No triunfo diante do Vitória/BA por 3 a 0, Guto Ferreira colocou Jacaré em campo. O atacante marcou um gol e deu uma assistência
Foto: Thiago Gadelha/SVM

Partidas previstas para o Ceará em março (pode ter adição do Campeonato Cearense)

  • 10.03 - Ferroviário x Ceará, às 15h, na Cidade Vozão | Campeonato Cearense
  • 13.03 - Altos-PI x Ceará, às 16h, sem local definido | Copa do Nordeste
  • 20.03 - Ceará x Fortaleza, às 16h, na Arena Castelão | Copa do Nordeste
  • 25.03 - Botafogo-PB x Ceará, às 21h, no Almeidão | Copa do Nordeste
  • 31.03 - Ceará x CSA, às 19h30, na Arena Castelão | Copa do Nordeste

Dentro do planejamento, o Diário do Nordeste apurou que dois grupos principais de jogadores serão formados para administrar a participação nos torneios em andamento. Com a sequência de partidas em andamento, mais atletas irão ganhar intervalos curtos de folga para evitar o acúmulo de fadiga.

“Só existe um caminho para tudo isso, ter pelo menos duas equipes. Com mais alguns jogadores, independente de quem jogar, é sempre o Ceará. A gente tem que atuar com muita habilidade porque às vezes você ter o conjunto no início, vai faltar perna no fim e vice-versa. Corre o risco de não ganhar. É uma temporada muito difícil para administrar”, explicou o técnico Guto Ferreira.

Jogadores do Ceará comemoram triunfo sobre o Vitória/BA
Legenda: O Ceará disputa Campeonato Cearense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sul-Americana e Série A em 2021
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Vale ressaltar que o Vovô disputou 70 jogos na temporada de 2020, concluída em fevereiro de 2021. No novo ciclo, o time estima superar a marca pela inclusão de mais competições, a exemplo da Sula.

“Nesta temporada pode ter, ininterruptamente, muitos jogadores atingindo acima de 70 jogos. Resumindo: é uma temporada mais complicada, a gente tem que ter a habilidade para que, individualmente, não estourem, e suportem fazer 85, 90 jogos. Muitos estão saindo de folga, ganharam 10 dias, dá uma amenizada. Pode ser que futuramente, a gente tenha que dar mais três, quatro dias, tenha que jogar com essa solução de descanso”, completou Guto.

Os pontos são para manter a ambição alvinegra de conquistar mais. No 4º ano consecutivo de Série A, com reforços de maior experiência internacional, a diretoria do Ceará deseja se consolidar como um time do primeiro escalão do futebol brasileiro.