Campeã Cearense de surfe em 2020, Juliana dos Santos faz 'vaquinha' por casa e ganha apoio de Medina

Surfista cearense é a 8ª melhor do país na modalidade, passa por necessidade e tem apoio de surfistas renomados para comprar uma casa para a família

Legenda: Juliana Santos é campeã cearense de surfe
Foto: Instagram/Reprodução

A campeã cearense de surf profissional em 2020, Juliana dos Santos está entre as esperanças da nova geração da modalidade. Oitava colocada no ranking nacional, a surfista natural de Fortaleza tem 21 anos e já acumula títulos, como o Campeonato Cearense Open de 2020. Apesar do currículo, a atleta vive uma realidade longe dos grandes holofotes, tendo como rotina a extrema pobreza e muitas dificuldades.

"Tem uma vaquinha rolando (ajude a surfista), está crescendo o apoio. Algumas pessoas do surfe já me procuraram. Sou surfista do Titanzinho desde os cinco anos de idade. Com oito anos, comecei a competir. Graças a Deus cheguei até aqui, independente das dificuldades. Não é fácil atleta viver sem patrocínio, sem apoio. Mas estou aqui... Sou campeã cearense em 2020 e a oitava melhor do País" afirmou, em entrevista ao ge.

"Gabriel Medina, Caio Ibelli, Alejo Muniz e uma galera já entraram em contato",  completou.

Dificuldade

A cearense mora na comunidade do Titanzinho, no bairro Serviluz, na periferia de Fortaleza. Sobrevivendo com pouquíssimos recursos, a surfista mora em um cômodo de apenas cinco metros quadrados com mais quatro familiares - avó, mãe, irmã e tia. Todos os dias, Juliana precisa dormir no chão para dar conforto às familiares, que vivem com ela.

Na hora de comer, a realidade também aperta para a atleta. Com recursos bastante escassos, Juliana dos Santos abre mão de se alimentar alguns dias da semana em favor da família. As condições sanitárias da casa da surfista também são precárias.

Arrecadação

Em razão das inúmeras dificuldades vividas por Juliana e família, várias pessoas se mobilizaram em uma vaquinha virtual. O objetivo é arrecadar fundos para que a surfista e os parentes possam ter melhores condições de vida, como alimentação todos os dias e uma casa maior e mais confortável. Já foram arrecadados cerca de R$ 35 mil. A meta é $ 100 mil.

"Esse valor que a gente colocou na vaquinha é para comprar uma casa para a minha família", finalizou.


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