Com amplo favoritismo e com a vantagem do empate para garantir vaga na final do Estadual, o Fortaleza fez exatamente o que se esperava dele. Ainda que o ritmo não tenha sido intenso como o visto no Clássico-Rei, vencido por 2 a 0 no sábado anterior, a equipe tricolor mostra repertório ofensivo variado, em que pese a fragilidade do Atlético, que chegou muito desgastado para a semifinal.
O intenso rodízio de jogadores em 3 jogos com o técnico Vojvoda fez com que o Fortaleza chegasse mais inteiro para o duelo semifinal e controlasse o jogo como quisesse.
Ainda que tenha levado um susto no início de cada tempo, com Felipe Alves fazendo duas defesas difíceis, no mais o Fortaleza aumentou o ritmo e diminuiu a intensidade do jogo como quis.
Com um time com 3 atacantes - Wellington Paulista, Robson e David - além de dois meias - Lucas Crispim e Matheus Vargas - o Leão tinha um time montado para valorizar a posse de bola e a troca de passes, em um curioso 3-4-3, com Tinga na função de zagueiro e Pikachu de ala.
E as jogadas pela direita fluiram bastante com Pikachu durante todo o jogo, com conexões interessantes com Robson e Crispim, que pisou mais na área para finalizar. O Pikachu mesmo apareceu bem para finalizar e marcou seu gol.
Ainda que o adversário não tenha oferecido resistência na parte final do jogo na qual sairam 3 gols leoninos depois dos 40 minutos, o Fortaleza mantém seu impeto ofensivo. Em 4 jogos, são 20 gols, média de 5 por jogo. Claro que esta média é elevada pela fragilidade de alguns adversários - só o Ceará é uma equipe forte - mas o número de gols chama a atenção.
Além da veia ofensiva, a equipe já é mais organizada com Vojvoda, com mais variações. O que é uma boa notícia para a torcida tricolor, com a final do Estadual no dia 23 e o início da Série A no dia 30 batendo à porta.