No futebol, oscilar é mais do que normal, e as equipes precisam saber lidar com frustrações. E no Ceará, que vinha em uma temporada promissora em 2021 após um 2020 espetacular, precisa aprender a conviver com percalços. O que se viu ontem no Castelão diante do Arsenal de Sarandí pela Copa Sul-Americana, foi um Ceará retraído, sem confiança, em rotação baixa, após a traumática perda da Copa do Nordeste para o Bahia nos pênaltis, no sábado anterior no Castelão.
Claro que deixar o título escapar é traumático, a confusão no fim do jogo também, e os jogadores não são máquinas para processar tudo rapidamente e jogar um futebol exuberante na partida seguinte. E não era uma partida, qualquer, e sim diante de um bom time argentino, de muita marcação e boa técnica, como é de praxe nas equipes hermanas.
Ouça o CearáCast
Ontem, o Ceará jogou completo, com seu forte time titular, mas não foi o Vovô que a torcida se acostumou a ver: competivo ao extremo, marcando forte e saindo em velocidade na transição. Já contra o Bahia não foi assim e diante do Arsenal, espaços para o adversário jogar eram maiores, os passes errados se multiplicaram, e os erros de finalização também.
Apenas Vina, Bruno Pacheco, Charles e Richard jogaram uma partida perto do nível já visto, mas os demais, principalmente Mendoza, estiveram abaixo.
O empate foi ruim, mas como o Bolívar também empatou na rodada, o Vovô terá a chance de vencê-lo aqui na quinta-feira e encaminhar a vaga.
O momento é de entender os processos, a maratona de jogos está aí, o time titular sentiu a sequência e agora, passada a dor da perda de um título tão importante e o primeiro jogo após que é sempre traumático, é reagrupar outra vez. O Alvinegro se mantém vivo na Sul-Americana, está levando o Estadual da forma que deve e tem Série A e Copa do Brasil no horizonte, e este continua promissor.