A ginasta Simone Biles acredita que o abuso sexual que sofreu nas mãos de Larry Nassar, ex-médico da equipe norte-americana, pode ter interferido no desempenho nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Em entrevista ao "Today Show" da NBC, a atleta falou sobre a saúde mental na competição.
"Agora que penso nisso, talvez na minha cabeça, provavelmente sim, porque existem gatilhos que nem conhecemos, e eu acho que posso tê-los", explicou Simone Biles no "Today Show".
Simone Biles deixou as Olimpíadas em meio à competição por equipes e não chegou a competir em salto, solo, barras assimétricas e no individual geral. Na entrevista, a ginasta declarou ter sofrido uma grande pressão.
Sabia que ainda sendo a cara da ginástica dos EUA, e de tudo que trouxemos, isso não vai ser jogado para fora do tapete. Essa é uma conversa muito longa"
Proteger os atletas
O ex-médico Larry Nassar da equipe de ginasta norte-americana foi condenado a 175 anos de prisão após quase 300 denúncias de assédio sexual serem registradas. Simone Biles só admitiu ter sido abusada em 2018, antes da sentença.
"Ainda temos que proteger os atletas e descobrir por que isso aconteceu, quando e quem sabia", disse Simone Biles ao "Today Show".