Marcelo Paz detalha atuação do Fortaleza no mercado para 2021; confira entrevista

Presidente concedeu entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares e ressaltou que o clube deve realizar pelo menos sete contratações para a nova temporada

O Fortaleza atravessa um momento de reformulação no elenco para 2021. A diretoria compreende que o time deve receber novas peças e encerrar ciclos para ascender novamente após uma queda de rendimento no fim da última temporada, quando conseguiu a manutenção na Série A.

Em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares, o presidente Marcelo Paz ressaltou que devem ser anunciadas pelo menos sete contratações. O objetivo é reformular todas as posições e oferecer maior variação tática ao técnico Enderson Moreira.

Até o momento, foram desligados quatro atletas: o zagueiro Roger Carvalho, o lateral direito Gabriel Dias, o volante Derley e o centroavante Ederson. O atacante Bergson foi emprestado para o Johor FC, clube da malásia. Os reforços são: o meia Lucas Crispim, ex-Guarani, os volantes Matheus Jussa, ex-Internacional, e Éderson, ex-Corinthians, e o atacante Robson, ex-Coritiba.

Com estreia na quarta-feira (3) na Copa do Nordeste, a expectativa é de força máxima contra o CRB, pela fase de grupos da competição regional. A partida ocorre às 19h30, na Arena Castelão.

Entrevista com Marcelo Paz

Como será a atuação do Fortaleza na busca por reforços?

“Os times da Série B com acesso saíram na frente no contato com jogadores, e a gente ficou com essa dúvida, nem dispensar jogadores, nem partir para o mercado sem saber qual divisão ia atuar. Isso causou uma dificuldade, mas algo que a gente consegue contornar. O Fortaleza, diferente de outros anos, tem muitos atletas com contrato. Faremos a maior reformulação dos últimos anos. Essa geração acabou, concluiu o ciclo, e agora temos que iniciar um novo para rejuvenescer o elenco".

Há uma quantidade definida de reforços para 2021?

"Precisamos ter um ou duas (contratações) por posição, dar uma dinâmica nova. Tem o retorno do Gustavo Coutinho, de bom nível, muito gol, tem o Matheus Vargas, que o Atlético-GO não exerceu a opção de compra. Temos que fazer sete contratações, no mínimo. Atletas mais jovens, com rodagem de Série A e uns que não são tão rodados, mas tem uma projeção grande e podem ajudar”.

O Fortaleza oficializou algumas contratações e se especula o atacante Neilton, do Coritiba. Como está essa situação?

“Ele deu certo no Botafogo e no Vitória. É um jogador que está na nossa pauta, muito talentoso, de idade boa, quase chega naquele momento de estourar em desempenho. Não há uma situação definida (de acerto), mas está em pauta”.

Quanto o clube deve investir na compra de jogadores? Isso está previsto em orçamento?

"No orçamento novo, com a permanência na Série A, a gente colocou os valores de premiações para pagar dívidas que ficaram do último ano, então isso está sendo definido. O que posso garantir é que formaremos um elenco de qualidade, com mais força do que o de 2020”.

As contratações do novo ciclo são indicações do técnico Enderson Moreira?

Todos os atletas passam pelo departamento de futebol, análise de desempenho, e o Enderson não precisa dar indicação. Estamos analisando como um todo o jogador, com perfil clínico, físico, tempo de contrato, então não é uma indicação única”.

O departamento de futebol tricolor pode receber mudanças, como a chegada de novos profissionais ou criação de novos setores?

"Já tivemos algumas mudanças, como as chegadas do Léo Porto, auxiliar fixo, e do Henrique Bittencourt, do departamento de análise. Estamos vendo a possibilidade de melhoria dos processos, fluxos, mas não se pode condenar um trabalho inteiro por um momento. O próprio ano de 2020 teve passagens boas (do clube). O Fortaleza de 2018 para cá é o time que mais cresce no ranking da CBF. Estávamos atrás de muitos times e vamos ficar entre 17ª e 19ª colocados”.