O empate em 0 a 0 diante do Arsenal de Sarandí não era o resultado que o técnico Guto Ferreira queria para o Ceará, mas ainda assim manteve o time na liderança do Grupo C da Copa Sul-Americana ao fim da 4ª rodada, com o tropeço do Bolívar. Para o treinador embora a vitória não tenha vindo, o importante é o Vovô depender apenas de si para se classificar.
Com 6 pontos, o Vovô é o vice-líder do Grupo C, atrás do Bolívar que tem 8, após vencer o Jorge Wiltermann por 2 a 1 em La Paz, mas enfrenta o time celeste no Castelão na próxima quinta-feira, às 19h15 no Castelão, podendo assim, retomar a liderança após a penúltima rodada.
"Estivemos mais perto que eles de vencer pelas chances que criamos. O Arsenal é um time que compete muito, e nós competimos muito com eles. Tivemos mais oportunidades ao longo do jogo, eles tiveram duas boas no final. O goleiro deles fez pelo menos 3 defesas dificilimas, o Richard fez uma, mas o importante é que para nós ainda faltam duas rodadas e dependemos só de nós. É hora de ter tranquilidade e aguardar".
Sem relação
Indagado na entrevista coletiva após o jogo se o Ceará jogou com uma rotação mais baixa, ou seja, com menor intensidade de jogo, Guto Ferreira negou. E também negou que atuação abaixo tenha relação com a perda da Copa do Nordeste para o Bahia no último sábado no Castelão.
"Passou. Esquece a Copa do Nordeste. Estamos na Sul-Americana. Jogamos lá uma partida dificílima contra o Arsenal e talvez tenhamos começado o jogo lá pior e depois terminamos melhor. São nuances do jogo. A nossa equipe busca ser altamente competitiva e não deixou de ser. Claro que a todo momento é preciso ajustes. Não é todo dia que se está bem. O importante é que dentro da Sul-Americana, continuamos invictos e dependendo só da gente e com a equipe jogando relativamente bem, não está jogando mal", disse ele.
Chances perdidas
Sobre as chances desperdiçadas pelo Ceará, Guto creditou a marcação do adversário, sempre muito bem encaixada.
"Tem um pouco de tudo. A tomada de decisão dos nossos jogadores, e a marcação do Arsenal, que pressiona a bola os 90 minutos. São segundos que o jogador fica sem alguém te pressionando. Nenhum jogador nosso chegou sozinho para finalizar, talvez em uma condição melhor, mas sempre com um trabalho de recuperação da defesa. E pela pressão da pertida, decisiva, acontecem dos jogadores não tentarem algo diferente, uma finalização diferente. Mas é muito fácil falar depois e não estar lá dentro do campo".
Antes de enfrentar o Bolívar na quinta-feira, o Alvinegro joga com o Fortaleza no sábado, às 16 horas, pela 6ª rodada da 2ª Fase do Campeonato Cearense.