Abertura dos Jogos Paralímpicos 2021: veja os melhores momentos

Cerimônia ocorreu na manhã desta terça-feira (24) em Tóquio

Legenda: Pira olímpica acesa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Foto: AFP

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram abertos nesta terça-feira (24) com apresentações emocionantes no Estádio Olímpico de Tóquio e o desfile de atletas e delegações de todo o Mundo. O Brasil foi representado pela jogadora de bocha, Evelyn de Oliveira, e do corredor Petrúcio Ferreira. Eles foram os porta-bandeiras do Brasil no evento.

O mote da cerimônia, "nós temos asas", foi materializado em diversos momentos dela, com alusões ao vento, voos, aeroporto e aeronaves. O clima festivo no estádio lembrou o do encerramento das Olimpíadas, que teve uma abertura mais solene, marcada por referências à pandemia.

Confiança na asa

Queima de fogos na abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Legenda: Queima de fogos na abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Foto: AFP

A pira paraolímpica foi acesa por três pessoas. Elas subiram a rampa que levava ao símbolo dos Jogos em cadeira de rodas. No segmento artístico, o evento de quase três horas de duração contou a história de um avião com apenas uma asa, desacreditado da sua capacidade de voar por conta disso.

Após ter contato com aeronaves variadas (interpretadas por pessoas com diferentes tipos de deficiência), cada uma com suas particularidades, e iluminada pelas luzes de um caminhão extravagante ao som de rock, o pequeno avião ganhou confiança, coragem e apoio para enfim conquistar os ares, no ápice da cerimônia. A "monoasa" foi interpretada em cadeira de rodas por Yui Wago, 13, na sua primeira experiência cênica.

Uma metáfora da capacidade de inspiração dos atletas paraolímpicos por meio de suas performances esportivas e que reforçou os recados que os Jogos buscam passar.

Evento de quase três horas de duração contou a história de um avião com apenas uma asa
Legenda: Evento de quase três horas de duração contou a história de um avião com apenas uma asa
Foto: AFP

Participação brasileira

Evelyn de Oliveira e Petrúcio Ferreira foram os porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Legenda: Evelyn de Oliveira e Petrúcio Ferreira foram os porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Foto: AFP

A delegação do Brasil foi a 119ª (pela ordem alfabética japonesa) a entrar e contou com apenas quatro representantes: os porta-bandeiras medalhistas de ouro em 2016 Petrúcio Ferreira (atletismo) e Evelyn Oliveira (bocha), a técnica da bocha e estafe de Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Alberto Martins. O número reduzido se deu para evitar uma exposição maior ao coronavírus.

A bandeira nacional estava presa à cadeira de rodas de Evelyn, que não tem os movimentos dos membros inferiores e possui comprometimento de força nos movimentos dos membros superiores. Petrúcio, que perdeu parte do seu braço esquerdo na infância, segurou a ponta da bandeira com a mão direita. O atleta paraolímpico mais rápido do mundo também sambou.

Afeganistão representado

A bandeira do Afeganistão foi a quinta a entrar, carregada por um voluntário como gesto de solidariedade, já que o país não participará dos Jogos. Inicialmente, haveria dois representantes afegãos na competição: Zakia Khudadadi (taekwondo) e Hossain Rasouli (atletismo). Com a tomada do poder pelo Talibã, os atletas não tiveram como viajar. Zakia iria se tornar a primeira mulher do Afeganistão a participar de uma edição das Paraolimpíadas. Há ainda um atleta nascido no país no time de refugiados.

Cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Tóquio
Legenda: Cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Tóquio
Foto: AFP

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Protestos

Escoltados pela polícia, eles seguiram o que foi feito nas Olimpíadas e justificaram a alta dos casos de covid-19 como motivo para o cancelamento da competição - não houve, no entanto, grandes transtornos.