O especial de 50 anos do "Fantástico", exibido no domingo (20), trouxe o mágico Mister M de volta ao Brasil. O norte-americano fez sucesso com um quadro na atração entre o final dos anos 1990 e início dos 2000. Atualmente, o profissional está afastado da TV, mas continua divulgando trabalhos antigos nas redes sociais.
Nos últimos anos, ele tratou /um câncer. Começou a carreira como mágico, sob o nome artístico de Val Valentino, fazendo shows de ilusionismo no início da década de 1990 em Las Vegas.
Quem é o Mister M?
Mister M é Leonard Montano. Nascido em Los Angeles, nos Estados Unidos, fez a vida artística em Las Vegas, no início da década de 1990, em shows de cassinos e boates. Até que Val Valentino foi encontrado por um caça talentos do canal Fox e lançou, em novembro de 1997, o programa "Breaking the Magician's Code" (Quebrando o Código dos Mágicos), como foi originalmente chamado.
O programa foi posteriormente lançado em formato de série nos EUA, encerrada em novembro de 1998.
No Brasil, foi importado pelo "Fantástico" da TV Globo. O quadro de Mister M estreou no programa da Globo em 1999, com narração de Cid Moreira. A atração fez sucesso e teve muita repercussão.
Programa saiu do ar após ação na Justiça
A exibição do programa de Mister M mexeu com a classe de mágicos do Brasil. Assim que as primeiras chamadas foram ao ar, profissionais se mobilizaram para impedir que os truques fossem desvendados.
A Globo recebeu cartas de protesto e uma corrente de e-mails pela internet, ameaçando processar a emissora por perdas e danos. O então diretor de Jornalismo da Globo, Evandro Carlos de Andrade, respondeu aos apelos explicando que Mister M desvendava um número limitado de mágicas e que não havia registros de perda de interesse popular por espetáculos de ilusionismo nos países em que o quadro fora apresentado.
Por determinação da Justiça, em março de 1999, o "Fantástico" foi proibido de exibir o quadro. A recém-formada Associação dos Mágicos Gaúchos Vítimas do Programa Fantástico entrou com uma medida cautelar pedindo a suspensão da exibição da atração, baseando-se em dois argumentos jurídicos: abuso de direito e concorrência desleal. O quadro ficou fora do ar de 21 de março a 11 de abril. Voltou a ser exibido e ficou no ar até setembro de 1999.