A atriz Claudia Rodrigues, afastada do meio artístico por sequelas da esclerose múltipla, está planejando a retomada da carreira em 2023. Segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela está em fase de preparação para um tratamento que promete resultados avançados na doença e será realizada na Flórida, nos Estados Unidos, entre o fim de março e o início de abril.
“Estou bem animada. Vou me curar. Essa cirurgia vai sarar minhas sequelas. É genial”, declarou à colunista, em matéria publicada nesta segunda-feira (19). Ao Diário do Nordeste, a assessoria de comunicação do médico Marc Abreu, responsável pelo tratamento, informou que, na realidade, não se trata de uma cirurgia, mas "um tratamento focado na modulação térmica do paciente por meio de procedimentos de hipertermia e hipotermia avançadas guiados pelo cérebro".
"No caso da esclerose múltipla, ela será submetida ao procedimento de hipotermia avançada, guiada pelo cérebro. Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla têm danos nas bainhas de mielina no cérebro, capas de tecido adiposo que protegem as células nervosas. O resfriamento ajuda a restaurar as bainhas de mielinas", detalha nota com informações de Abreu.
Custos do procedimento
A descoberta de Marc Abreu, o Brain Thermal Tunnel (BTT) ou em português, túnel térmico cerebral, permitiu pela primeira vez na história a medição contínua e não invasiva da temperatura do cérebro. A tecnologia permite tratamentos de hipertermia e hipotermia avançados baseados na termodinâmica cerebral.
O valor do tratamento varia entre 36 mil a 50 mil dólares por indução.
“Os pacientes em tratamento tiveram recuperação total das funções perdidas. Não é o tratamento simplesmente para impedir a progressão, é uma terapia para reverter o processo, restaurar a função cerebral. Recentemente, um paciente brasileiro de 88 anos com Alzheimer e Parkinson, voltou a andar e a falar", finaliza.
Os planos após o tratamento são para retomada da carreira, com uma turnê em 24 estados norte-americanos ainda em 2023. “Seremos eu e ela no palco falando da esclerose múltipla, do tratamento até aqui e dos resultados que ela teve. A ideia é usá-la como exemplo para contribuir com outras pessoas. Vamos passar praticamente um mês lá”, concluiu Adriane.
Enquanto isso, Claudia já faz fisioterapia, exercícios aquáticos e de equilíbrio, aula de caligrafia, terapia ocupacional, treino de foco e aulas de inglês.
Sobre o tratamento que fez recentemente, com o intuito de tratar manchas no corpo, ela garante que já está bem. “Já passou tudo. Eu acordei um dálmata, tomei remédio e saiu tudo. Tenho uma rotina pesada, mas estou feliz da vida, porque sei que essa rotina é que vai me animar mais para eu continuar e melhorar”, finalizou à colunista.