Cantores de forró criticam liberação de farmácias e supermercados como 'palco' de apresentações

Nomes como Tony Guerra e Taty Girl comentaram assunto em redes sociais. Ceará entra em lockdown até dia 21

Legenda: Cantores comentaram assunto em postagem do Diário do Nordeste
Foto: Reprodução/Instagram

A liberação de apresentações musicais em farmácias e supermercados do Ceará, pelo governo estadual, movimentou redes sociais na noite desta quinta-feira (12). Cantores cearenses como Daniella CampeloTaty Girl e Tony Guerra fizeram diferentes comentários sobre o assunto. 

A medida prevê que até dois artistas por vez, podendo ser cantores e humoristas, possam exercer a atividade em cada local liberado. O objetivo é minimizar os efeitos da pandemia para essas categorias. A exigência é que os protocolos sanitários sejam atendidos e que aglomerações não sejam geradas.

A alternativa não agradou a todos, como a cantora de forró Taty Girl. Ela comentou no Instagram: "certo. Faz o exame da Covid-19 na farmácia mesmo e, se der negativo, entra para curtir o show. Ou seja, na farmácia está protegido é?".

Comentários feitos pelos forrozeiros em rede social
Legenda: Comentários feitos pelos forrozeiros em rede social
Foto: Reprodução/Instagram

O forrozeiro Igor Guerra também escreveu comentário: "deviam ter feito as campanhas políticas na farmácia também". Ele ainda complementou deixando recado para redes farmacêuticas. "Alô farmácias do Brasil. Leva nois para vender uns tylenol", escreveu.

Daniella Campelo, nome do forró dos anos 1990, pediu vacinação ao poder público em publicação. "Compre um dorflex e peça uma música. Eu quero vacina, e sei que a dificuldade da vacina é do governo federal, mas quero que os governadores estaduais corram atrás, denunciem, entrem pelo MP".

O cantor Tony Guerra disse temer pelo futuro. "Muita gente está levando esse momento na brincadeira e as coisas se afunilando cada vez mais. É de dá medo nosso futuro, mas tenho muita fé em Deus é só confio nele não nos homens", comentou o forrozeiro.

O sobralense Rogerinho, conhecido pela bregadeira romântica, falou sobre o assunto criando uma agenda fictícia de apresentações, com programação de segunda a sexta, em farmácias. 

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O que diz o governo do Estado?

Ao Diário do Nordeste, o secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Seplag, Flávio Ataliba, informou que o Estado está aproveitando os espaços das atividades essenciais para criar oportunidade de trabalho para os profissionais do setor de eventos — considerado por ele uma das áreas mais afetadas pela pandemia do coronavírus.  

"Visa abrir oportunidade de trabalhos para aqueles profissionais nesse segmento. Cantores, músicos e humoristas, eles estão muitas vezes ligados a essas atividades de eventos, seja também restaurantes e bares. Esse público tem sido prejudico pela pandemia. Nesse esforço, o governo abre mais oportunidade de trabalho, mas funcionando de forma responsável, seguindo os protocolos, sem riscos sanitários maiores", explica Flávio Ataliba.

Primeiro, podem ser dois músicos, dois cantores, dois humoristas, um cantor e um humorista, fica a cargo do próprio estabelecimento. Segundo, estamos aproveitando aquelas atividades essenciais que estão funcionamento e autorizadas a funcionar, como é o caso dos supermercados e farmácias. O terceiro ponto é que esses profissionais que vão se apresentar, eles precisam utilizar o sistema de som dos estabelecimentos.

O titular da Seplag ainda afirma que é preciso haver um consenso entre empresários, músicos e humoristas sobre a programação em cada estabelecimento.

"Empresários e donos de estabelecimentos precisam entrar em acordo com os profissionais no sentido de estabelecerem os melhores horários e situações que eles vão poder trabalhar e se apresentar. Isso é uma oportunidade que o governo deu para que a iniciativa privada, os empresários, com esses profissionais dessas áreas, possam encontrar uma possibilidade de dar ocupações nesse momento de bastante necessidade".

Ouça o podcast 'É Hit', com João Lima Neto: