Série Aruanas estreia em 2019 e dará protagonismo ao ativismo ambiental

Ativismo ambiental será protagonista da nova série da Globo com estreia em 2019

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Natalie (Débora Falabella), Clara (Thainá Duarte), Luiza (Leandra Leal) e Verônica (Taís Araujo) são ativistas da ONG Aruana

Uma das próximas séries da Globo, prevista para ir ao ar em 2019, exclusivamente no serviço de streaming Globoplay, dará um protagonismo inédito na TV ao ativismo ambiental. Aruanas, produzida em parceria com a Maria Farinha Filmes, tem como cenário a Amazônia e contará a história de uma ONG de proteção ao nosso meio-ambiente.

O que chama a atenção na série é o elenco principal, totalmente feminino, com quatro protagonistas vividas por Leandra Leal, Débora Falabella, Taís Araújo e Thainá Duarte, além de uma vilã interpretada por Camila Pitanga. A direção artística é de Carlos Manga Jr.

Estela Renner e Marcos Nisti, da Maria Farinha Filmes, tiveram a ideia de criar a série em 2010. Os dois trabalharam também no roteiro, junto à equipe da Globo. Para eles, que sempre tiveram simpatia pela causa ambiental, o assunto é urgente e Aruanas o trata de uma forma inédita. "A ideia vem do lugar em que a nossa produtora já existia, que é o ativismo", afirma Marcos. "Temos desenvolvido projetos para falar com mais pessoas. A ideia desta série é falar sobre um dia a dia de ativismo que ainda não havíamos visto na TV".

Inspiração

Além de uma história que percorre toda a primeira temporada, os episódios terão histórias menores, com cada uma das protagonistas, que são inspiradas em manchetes de grandes jornais brasileiros sobre crimes ambientais e o risco que os ativistas correm.

A ONG Aruana, que está no centro da trama, foi fundada por três amigas de infância, a jornalista Talita (Falabella), a ativista Luisa (Leal) e a advogada Verônica (Araújo). Para ajudá-las, entra em cena a estagiária vivida por Thainá. Segundo Estela, também diretora geral da série, "são mulheres fortes, mas heroínas muito humanas, com seus defeitos".

Na trama, a ONG recebe a denúncia de que uma mineradora está praticando atividade irregular. É quando entra Olga, personagem de Pitanga, uma espécie de lobista, para ajudar a empresa na tentativa de extinguir uma reserva ambiental a fim de expandir seu negócio de forma legal.

Camila entrou em contato com este mundo a partir de entrevistas feitas com pessoas da área na vida real. Já suas colegas conviveram com ativistas e chegaram a fazer um curso com o Greenpeace, instituição que se tornou parceira da equipe na fase de produção.

Estela Renner e Leandra Leal, inclusive, foram nomeadas conselheiras do Greenpeace. "Sempre fui ativista, e ao longo da minha vida, conheci pessoas que foram muito importantes na minha formação, ativistas e políticos que renovaram a minha coragem e a esperança de lutar", diz Leandra.

A figura dos jornalistas, que também trabalham na cobertura da questão ambiental, aparece por meio da personagem de Falabella. "Como eu faço uma jornalista, a gente conseguiu reunir várias delas que tratam de questões ambientais".

Floresta

Durante quase sete semanas, este ano, toda a equipe viajou para o Amazonas para gravar a série. Para Leandra, foi uma experiência inesquecível. "Foi lindo, intenso, regenerador, é impossível não se impactar e transformar pela força daquele lugar". Thainá concorda: "Estar em contato com tamanha biodiversidade, dentro do nosso País, só faz crescer um sentimento de proteção e zelo, nos fez compreender a importância de se falar sobre a conservação da Amazônia."

Taís Araújo acredita que as pessoas precisam despertar para a questão: "A gente fala de Amazônia e isso diz respeito a todo ser vivo que respira nesse planeta. As pessoas precisam entender que todos fazem parte e são responsáveis pela Amazônia, seja pelo fim ou pelo renascimento dela."