Períodos de férias e de calor sugerem o uso de repelente em crianças

Especialista orienta sobre o uso correto da proteção contra os mosquitos 

Escrito por Redação ,
Legenda: Para cada idade existe uma recomendação adequada para o uso do repelente

Dias muito quentes associados ao período de férias fazem aumentar a preocupação com os mosquitos, principalmente de quem é alérgico ou que tem filhos pequenos, em geral os mais atingidos pelas picadas. Umas das formas para se proteger desses insetos é o uso de repelente, segundo recomendação da pediatra Maria da Glória Neiva.

A maioria dos produtos pode ser aplicada em crianças, desde que respeitadas as orientações médicas, as quais descartam o uso em menores de 6 meses de vida.

O primeiro passo, no entanto, é o cuidado com o ambiente. Entre as medidas a serem adotadas, os pais podem utilizar telas nas janelas. Também é recomendável ligar repelentes elétricos próximo a janelas e portas, além de manter a casa sempre arejada - tendo cuidado especial com a limpeza de terrenos e lotes próximos à residência, com a devida retirada de lixo e entulhos.

Repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que contenham os princípios ativos DEET, icaridina e IR 3535, são permitidos para uso nas crianças acima de 6 meses.

É recomendado que os pais confiram as instruções das embalagens dos diversos produtos disponíveis no mercado, considerando o tempo de atuação de cada um deles, bem como as orientações para a faixa etária permitida.

É importante que os pais não apliquem durante o sono. Para esse momento, o uso de telas protetoras, ventiladores, ar-condicionado e repelentes eletrônicos é mais adequado. Cada produto tem, em seu rótulo, a recomendação de tempo de atuação e a fase da infância permitida.

No caso de reações alérgicas aos repelentes, o indicado é procurar o pediatra que acompanha seu filho ou um serviço de emergência especializado em atendimento infantil.

Outra orientação importante é a limpeza das lesões e o corte das unhas das crianças, a fim de evitar traumas em decorrência do prurido (coceira). É recomendado evitar o uso de medicamentos sem a devida orientação do pediatra.

Além disso, é necessário observar se ocorrem sintomas como pintas vermelhas, febre e queixa de dores. Vale reforçar que nem sempre as picadas apresentam lesões perceptíveis, por isso é importante estar atento e procurar assistência médica em caso de dúvida.

A médica esclarece que não há como diferenciar a picada do mosquito comum com a do Aedes aegypti, por isto a necessidade de reforçar a proteção quando a criança está em áreas abertas, principalmente no início da manhã - quando o mosquito tem maior atividade - e no fim da tarde.

Vale salientar que não é recomendada a associação de repelente com protetor solar para crianças. O indicado é aplicar o protetor e, somente 40 minutos depois, passar o repelente indicado para cada faixa etária.

Para melhorar ainda mais a proteção dos pequenos, a médica do Hospital Vitória, do Rio de Janeiro, recomendável o uso de macacões compridos ou calças longas. Para os bebês, aposte em roupas claras, pois os tecidos muito coloridos podem atrair os mosquitos.

Outra medida eficaz é o uso de mosquiteiros, telas e velas naturais de citronela, que tem um odor mais leve para o bebê, mas com potencial repelente para os mosquitos. Ainda assim, se houver necessidade de utilizar algum tipo de repelente, procure os recomendados para essa faixa etária e não permita que a criança vá dormir com o produto no corpo.

>> Saiba mais: Recomendações

Contato

Jamais coloque o repelente na mão da criança. Isto deve ser feito por um adulto para evitar que os pequenos passem as mãos com produto nos olhos ou na boca;

Atuação

Aplique o repelente na quantidade e nos intervalos recomendados pelo fabricante, lembrando que a maioria dos produtos atua até 4 centímetros do local da aplicação;

Bula

Não aplicá-lo próximo da boca, do nariz, dos olhos ou sobre a pele traumatizada. Outra dica é guardar a bula ou a embalagem para posterior consulta, em caso de efeitos adversos (alergias);

Higiene

Assim que não for mais necessário, o repelente deve ser retirado no banho;

Calor

Em locais muito quentes ou em crianças que suam mais, os médicos e fabricantes recomendam reaplicações mais frequentes.

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